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Nunca o governo petista esteve tão vulnerável e Dilma Rousseff (PT) prestes a cair como antes. Se esta situação era o desejo de muitos, ela está acontecendo. A presidente da República não tem mais a mesma forma, até fisicamente ela parece desgastada, apesar das dietas e dos exercícios físicos. Dilma e o PT estão na beira do abismo, esperando que alguém os empurre.
O PSDB de Aécio Neves parece temeroso em atacar agora e ter de assumir um País na maior crise econômica dos últimos 25 anos. O PMDB de Michel Temer também não demonstra muito disposição para descascar este abacaxi. Com uma oposição medrosa, o PT segue no poder, se esconde durante a crise e aguarda que Lula tire algum coelho da cartola. Até porque ele não perde a popularidade.
O impeachment dificilmente ocorrerá por aqui novamente. Até porque Dilma sabe o que deve fazer para evitar isso: basta não falar nem fazer mais nada. O famoso "se não dá para ajudar, não atrapalha". Esperamos há meses uma atitude dela, mas sabemos que ela não fará nada.
Quem diria que o cargo mais alto da política nacional fosse tratado com tanto desdém pelos partidos. O próprio Aécio Neves já disse em entrevista que não é a favor da saída de Dilma, alegando, em um tom diplomático, que é preciso dar tempo, mas que temos que cobrar dela.
Enquanto Dilma, Aécio, Temer e Lula não se movem para agitar a situação lá em cima, quem ganha destaque é o midiático Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que tem feito o que quer nas sessões do Legislativo. Como alguém que chega numa casa vazia e se sente dono dela, Cunha tem se tornado o grande chefe da política nacional, tanto para a Imprensa como para os demais políticos.
Uma pena que tantos nomes fortes estejam se escondendo neste momento de crise no País. Aparecer na época de vacas gordas é fácil, mas agora é a hora em que o brasileiro realmente precisa de um líder, de um partido ou de um presidente com atitude para fazer negociações, planejamentos e acordos para melhorar a economia.
Especialistas especulam que a crise só irá embora lá por 2017, talvez 2018. Triste saber que o governo não pretende lutar para reverter este cenário até lá. E, pior ainda, saber que nenhum concorrente direto tem interesse em assumir, impor e modificar a situação. Com uma atitude assim, os oposicionistas ficam ainda mais distantes de conquistar a confiança do povo brasileiro.
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