A realização de pancadões no loteamento Vem Viver, em César de Souza, tem causado transtornos aos moradores da região. Isso porque, segundo os reclamantes, todos os finais de semana, jovens de outras regiões do município se aglomeram no local para ouvir funk em alto volume, consumir bebidas alcoólicas e até mesmo drogas, além de fazer acrobacias com motocicletas.
Segundo uma auxiliar administrativa, de 26 anos, que preferiu não se identificar, o problema ocorre nas ruas Nilo Marcatto, Benedito José Leite e Professor Paulo de Oliveira Mello, aos sábados e domingos, a partir das 14 horas. "Nos mudamos para cá para termos sossego e estamos vivendo um inferno. Todo fim de semana somos obrigados a conviver com esta zona. Esses desocupados se sentem os donos da rua, e o pior é que ninguém toma providências para impedi-los. Até empinar pipa com linha chilena e cerol ocorre livremente".
Já um autônomo, 32, que também não quis se identificar, destacou que, além do incômodo, por conta do barulho excessivo, a principal preocupação é com a falta de segurança. "Eles colocam funk em volume alto com letras pejorativas. É uma tremenda falta de respeito. Para piorar, empinam as motos no meio da rua, atrapalhando a passagem dos carros. Isso tem nos deixado inseguros, porque pela bagunça, uso de drogas e consumo de álcool ao ar livre, dá para perceber que não são boa gente", comenta.
Em relação ao excesso de barulhos, a Secretaria Municipal de Segurança destacou que em Mogi existe a Lei do Silêncio, que proíbe som acima de 80 decibéis, de segunda a sexta-feira, das 6h01 às 22 horas, e som acima de 50 decibéis nos mesmos dias, das 22h01 às 6 horas, e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados. A proibição envolve sons produzidos em imóveis ou veículos. A multa é de 30 UFMs, o que corresponde a R$ 4.130,40, podendo ser dobrada em caso de reincidência.
Informou também que, "atualmente, é muito raro ocorrer um "Pancadão" em Mogi. Sempre que são recebidas denúncias por meio do 190 da Polícia Militar ou do 0800-770-1566 da Guarda Municipal, providências são tomadas. Frente às denúncias, a pasta intensificará o monitoramento".
A reportagem entrou em contato com o 17º Batalhão da Polícia Militar, mas não obteve resposta.