Municípios do Alto Tietê registraram 737 ocorrências de furto de água foram detectadas apenas no primeiro semestre de 2015, que corresponde a 74% dos casos de fraude ocorridos em todo o ano de 2014, quando 995 imóveis com ligações irregulares foram flagrados. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os números são referentes as cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Suzano e os bairros de divisa de Mogi das Cruzes.
O volume de água desperdiçados na região por conta das fraudes corresponderam a R$ 400 mil e 136 milhões de litros no ano passado, entre violação de hidrômetro e ligações clandestinas. Porém, os dados deste ano não foi informado pela companhia.
A Sabesp trabalha com equipes de "caça-fraude" que vem atuando fortemente na região, para identificar esse tipo de crime acompanhando o consumo e vistoriando os imóveis. A fiscalização ainda conta com o apoio da polícia em caso de identificação de desvio de água ou fraude nos hidrômetros, pois esse tipo de ação é considerado crime.
"Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, pois acredita que não irá pagar pelo alto consumo. É comum entre fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos. Isso se torna ainda mais grave diante da pior seca da história da Grande São Paulo", destacou a companhia, por meio de nota.
Em casos de flagrante, o infrator pode ser levado à delegacia e ainda ser indiciado por furto. A pena para esse tipo de crime é de um a quatro anos de reclusão, além da aplicação de multa. Para quem for flagrado furtando água, a Sabesp vai cobrar pelo que foi desviado, recuperando a água fornecida e não paga.
Os casos suspeitos deste tipo de crime também podem ser denunciados pelos telefones 181 ou 195 (Disque-Denúncia). Segundo a Sabesp, no primeiro semestre deste ano, a contribuição da população no estado é considerável e tiveram um acréscimo de 225%.