Nos últimos meses, milhares de brasileiros perderam o emprego, o que fez com que muita gente entrasse em desespero. No entanto, algumas pessoas transformaram este momento difícil em uma oportunidade de crescimento. Fazer do período de crise, uma hora de melhorar de vida e dar adeus ao trabalho assalariado.
Entre os muitos exemplos está Piero Leite, de 28 anos, que trabalhou durante 10 anos como repórter fotográfico e editor de fotografia até que, no ano passado, foi demitido. Piero percebeu que a demissão era o que faltava para investir em algo que lhe trouxesse a realização tanto pessoal quanto profissional, que parecia estar faltando. "Eu já tinha vontade de mudar, mas ainda não havia tomado a decisão. Aí veio uma proposta de diminuição de salário e, logo após, a demissão. Foi então que eu resolvi partir para uma área que me interesso mais, que é a gastronomia", contou.
O agora "chef" contou que assim que foi demitido, começou a trabalhar em um restaurante em São Paulo para aprender mais sobre o ramo. Após alguns meses trabalhando e estudando o mercado gastronômico, ele, ao lado de três sócios, abriu uma hamburgueria em Mogi. "Mesmo com a crise, esse mercado é muito promissor e nós estamos vendo isso de perto", revelou.
O negócio foi inaugurado há pouco mais de uma semana e já recebeu mais de 200 clientes. Segundo Piero, o retorno das pessoas tem sido muito positivo, o que o deixa feliz e satisfeito. "Isso é muito gratificante, porque é difícil fazer uma boa comida e agradar em um local com tantos concorrentes. Eu não pretendo parar por aqui, tenho várias ideias e quero colocá-las em prática", frisou.
Outro bom exemplo de retomada após uma demissão é a Gabriela Marques da Silva, 28, moradora de Suzano. Há cerca de 6 meses, está trabalhando como manicure, depiladora e designer de sobrancelhas, o que, além de trazer um bom retorno financeiro,  proporciona satisfação pessoal.
"Gosto muito do público feminino e estou amando o meu novo jeito de trabalhar. Tenho certeza que não estaria tão feliz se estivesse em um emprego assalariado", explicou.
Gabriela ressaltou que a liberdade profissional foi o principal fator que a fez escolher esta nova atividade, já que é mãe de um garoto de 7 anos e também precisava se dedicar às tarefas maternas. "Assim, eu consigo contribuir na renda de casa, fazer o que gosto e ainda oferecer mais tempo para o meu filho e o meu marido, pois faço o meu próprio horário atendendo em casa e à domicílio", destacou a suzanense.