A região do Miguel Badra Baixo, em Suzano, receberá um loteamento residencial e outro industrial às margens da estrada Mário Covas. A área já está sendo aterrada, mas a previsão é que a comercialização dos lotes comece apenas em 2017, conforme o Dat apurou.
A reportagem esteve no local ontem e conferiu a movimentação de caminhões que circulavam pelo local despejando terra para o nivelamento do solo. Foi possível apurar até o momento que a área mais próxima da estrada será destinada a construções de galpões para atividades comerciais e industriais.
Na área mais afastada da via e próxima de um pequeno morro serão delimitados os lotes residenciais pela Medilar Imóveis Desenvolvimento Urbano, antiga Imobiliária Mediterrâneo, localizada em Guarulhos, mas que tem filial em Suzano.
A empresa, fundada na década de 1980, tem mais de 150 empreendimentos realizados e 22 mil clientes nas regiões de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Franco da Rocha, Francisco Morato, Parelheiros, Igaratá, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Poá, Suzano, Terra Preta, Lorena, Avaré e outras.
O Dat procurou a Medilar Imóveis para saber o número de lotes que serão comercializados e quando os mesmos estarão prontos, mas a empresa não se manifestou até o fechamento desta edição.
Invasão
O terreno particular onde serão feitos os lotes foi invadido em junho do ano passado. De um dia para o outro, o espaço foi todo demarcado com fitas e placas com os nome dos futuros proprietários.
Moradores do próprio bairro demarcaram seus lotes na área que seria invadida. Naquela ocasião, eles afirmaram que haviam sido chamados por um carro de som para que se cadastrassem e recebessem lotes de cinco metros de largura por 25 de cumprimento.
A Prefeitura de Suzano foi avisada e, com a ajuda da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM), conseguiu impedir a invasão e removeu todas as demarcações feitas no terreno, que fica bastante próximo do rio Tietê.
O Dat questionou a prefeitura sobre a legislação vigente para aquela área e ainda quais atividades poderão ser desenvolvidas no local em função de se tratar de uma Área de Proteção de Mananciais (APM), mas a administração não se manifestou até o momento.