Mogi das Cruzes está prestes a completar 463 anos, quase meio século de histórias que o mogiano faz questão de conhecer e repassar para seus filhos, netos e visitantes. Orgulhosos de suas raízes, os moradores não abandonam costumes antigos e muito próprios da cidade, como ir ao varejão, participar de quermesses ou comer um pastel no Mercadão Municipal, conforme explica o historiador e diretor do Departamento de Arquivo Histórico da Secretaria de Cultura de Mogi, Glauco Ricciele.
Segundo ele, a sociedade mogiana tem interesse em saber sobre sua cultura e seu patrimônio histórico, além de compartilhar essas informações sempre que possível. “Nós temos uma população saudosista com suas raízes culturais, religiosas e populares e que faz questão de passar isso para os mais jovens. Existe um estilo de vida do povo mogiano que ele não abandona, pelo contrário, valoriza”, detalha.
Prestigiar quermesses, fazem compras no varejão e saborear um pastel no Mercadão Municipal de Mogi são algumas dos costumes que marcam a população e a tornam, segundo Ricciele, bairrista e orgulhosa de sua tradição local. As atividades e eventos culturais e artísticos também apresentam um espaço importante dentro desse cenário.
“Eu costume dizer que o som do coração de Mogi não seria uma batida comum, como de todo coração, mas sim um batuque, que seria originado das congadas e das escolas de samba, que é uma cultura que segue viva nos bairros também. As tradições se conversam, existe uma fluidez”, pontua o historiador.
Preservação
Ele destaca ainda que o mogiano, além de estar familiarizado com a sua história, entende a importância de preservá-la. Essa preocupação parte também do Poder Público, que recentemente criou o Departamento de Arquivo Histórico da Secretaria de Cultura de Mogi, Glauco Ricciele, responsável por promover a preservação do patrimônio material, imaterial, histórico e natural de Mogi. “Esse trabalho é muito importante para que se preserve a história da cidade a partir de um olhar técnico capaz de identificar cada detalhe que precisa de atenção, como o brejinho de Cézar de Souza, que abriga espécies de aves em extinção, por exemplo”, detalhou.