A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aproveitou o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, na última terça-feira, dia 26 de abril, para alertar sobre o tema. Segundo a cardiologista Lucélia Magalhães, presidente do Departamento de Hipertensão Arterial (DHA) da SBC, há ligações entre a pressão arterial e a Covid-19. Uma delas é que em 2020 ficou claro que a hipertensão arterial foi o fator de risco mais importante para a morte de pacientes com Covid-19. 

No fim de 2021 e início de 2022, percebeu-se que pessoas que não tinham nenhum histórico de hipertensão arterial, mas que tiveram Covid-19 confirmada, começaram a apresentar pressão alta. Estudos recentes mostram que a Covid-19 facilita o desenvolvimento de hipertensão e de doenças crônicas, como diabetes.

Além do histórico familiar, a pressão arterial tem como fator de risco o aumento do peso e a ingestão exagerada de sal, além do estresse e o sedentarismo. Na alimentação, o ideal é ingerir fruta, vegetal ou legume pelo menos três vezes ao dia, o que melhora a circulação sanguínea, principalmente na região do cérebro, reduzindo a incidência de acidente vascular cerebral (AVC) e outras condições complicadoras.

No Brasil, 60% da população idosa tem hipertensão arterial. Se a pessoa teve Covid-19, o cardiologista deve verificar se ficou alguma sequela, como também se é Covid longa (sintomas que duram mais de quatro semanas). Sequelas podem ocorrer com mais frequência em idosos. A hipotensão, ou seja, a baixa de pressão arterial, também traz riscos para as pessoas 60 .