Os meses do ano são marcados por cores de campanhas voltadas para a conscientização e o tratamento de determinadas doenças. O Janeiro Branco, por exemplo, destaca a saúde mental, e neste mês de fevereiro, as cores são Roxo e Laranja. A cor roxa conscientiza sobre Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia, e o laranja alerta sobre a Leucemia.

A campanha Fevereiro Roxo e Laranja busca alertar e chamar atenção para o cuidado com doenças, às vezes, pouco conhecidas pela população. Doenças que não têm cura, mas é possível que, com o tratamento adequado, as pessoas consigam manter a qualidade de vida. Saiba mais sobre as doenças:

Lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus), segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, ou seja, o próprio organismo ataca órgãos e tecidos.

Há dois tipos de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e braços) e o sistêmico, que afeta um ou mais órgãos internos.

Entre os sintomas estão lesões de pele, geralmente avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz; dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos; inflamação de pleura ou pericárdio (membranas que recobrem o pulmão e coração); inflamação no rim; alterações no sangue, como diminuição de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos (leucopenia), dos linfócitos (linfopenia) ou de plaquetas (plaquetopenia).

O diagnóstico deve ser feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais, e o tratamento depende do quadro de cada paciente, por isso deve ser individualizado. Seu objetivo é permitir o controle da atividade da doença, minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos e proporcionar uma boa qualidade de vida.

Alzheimer

Nem toda falta de memória é a Doença de Alzheimer. O Alzheimer, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, que ocorre principalmente em pessoas idosas. A doença instala-se quando há problema no processamento de certas proteínas do sistema nervoso. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Com essa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

Entre os sintomas da Doença de Alzheimer, estão falta de memória para acontecimentos recentes (lembrando que nem toda falta de memória é Alzheimer, é preciso uma avaliação médica); repetição da mesma pergunta várias vezes; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Não há cura para a Doença de Alzheimer. O objetivo do tratamento, que além de medicamentoso pode incluir medidas terapêuticas como a estimulação cognitiva e musicoterapia, é retardar a evolução e preservar pelo maior tempo possível as funções intelectuais dos pacientes.

Os melhores resultados com pacientes com Alzheimer são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces. Importante também o suporte aos cuidadores familiares.

Fibromialgia

A fibromialgia, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (com duração de mais de três meses), mas sem evidência de inflamação nos locais de dor. A doença é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e alterações da concentração e de memória.

De acordo com a entidade, geralmente a doença afeta mais mulheres do que homens e aparece na faixa etária entre 30 e 50 anos, embora existam pacientes mais jovens e mais velhos. A fibromialgia afeta 2,5% da população mundial. O principal tratamento é não-medicamentoso, ou seja, os cuidados do paciente consigo mesmo, como exercícios aeróbicos, são mais importantes do que as medicações, embora estas também tenham seu papel.

Leucemia

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, a leucemia se desenvolve na medula óssea, e pode ser influenciada por fatores genéticos e ambientais. Como os danos à medula óssea resultam na falta de plaquetas no sangue, importantes para o processo de coagulação do organismo, as pessoas com leucemia podem sangrar excessivamente.

As células brancas do sangue, envolvidas no combate a agentes patogênicos, podem ficar suprimidas ou sem função, colocando o paciente sob risco de infecções. Já a deficiência de células vermelhas ocasiona anemia, que pode levar a falta de ar e fadiga. Pode ocorrer dor nos ossos ou articulações devido à extensão do câncer. O tratamento será definido de acordo com o paciente e o tipo de leucemia.