A região conta com grandes áreas de proteção ambiental que muitas vezes limitam o crescimento das cidades e a chegada de novos investimentos. O Alto Tietê ainda é um Sistema Produtor de Água, contribuindo para o abastecimento de cidades da Região Metropolitana. Muito embora atualmente os índices esteja cada vez mais baixos, o que gera preocupação e aumenta o risco de uma nova crise hídrica.
Na edição digital de hoje destacamos a compensação financeira, prevista na Lei de Mananciais, que, aliás, completou dez anos com evento comemorativo realizado inclusive em Mogi das Cruzes, uma que deveriam receber o recurso, que ainda não foi devidamente regulamentado. A medida poderia garantir mais investimentos aos municípios, como Salesópolis, por exemplo, onde fica a nascente do rio Tietê, para que seja intensificada a fiscalização e a preservação das áreas de proteção.
A entrevistada é a especialista Solange Wuo, com uma longa trajetória na defesa do meio ambiente da região, hoje na Prefeitura de Suzano e também na Câmara Técnica do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat+). Ela destaca que o tema voltou a ser analisado pelo Estado, o que gera grande expectativa para as cidades.
Um recurso que é muito bem-vindo, caso seja definido pelo governo do Estado, mas como destaca Solange, precisa ter destino certo para as ações ambientais, compensando as cidades para que possam investir e criar políticas efetivas para as áreas de proteção.
As mudanças climáticas, por muito tempo ignoradas, agora estão aí, mostrando como a preservação do meio ambiente é importante, para mantermos um mínimo de equilíbrio em áreas onde isso ainda é possível. A falta de controle e planejamento de outros períodos nos levaram a instabilidade climática, com ondas de calor e chuvas cada vez mais intensas.
É preciso também investir na conscientização da população para que seja parte desse movimento pela preservação das áreas verdes, algo que cabe não apenas as autoridades, mas a cada um de nós.
