Nos últimos dias, veio a público o vazamento de dados envolvendo o Grupo JSA, empresa brasileira do setor de segurança patrimonial. Segundo o serviço de monitoramento BreachSense, informações internas e operacionais foram expostas por criminosos, evidenciando que até organizações ligadas à proteção física estão vulneráveis a ameaças digitais.
Esse episódio reforça algo frequentemente negligenciado: tecnologia sem conscientização não garante proteção. A maior parte dos incidentes ainda nasce de falhas humanas, cliques impulsivos, senhas reaproveitadas, acessos pessoais e profissionais misturados no mesmo dispositivo.
Como as empresas podem se defender?
Reforçando o básico
Manter sistemas atualizados, usar autenticação em duas etapas e definir regras de acesso são medidas simples, mas que muitas vezes ficam em segundo plano na rotina.
Priorizando a conscientização
Awareness não é palestra anual: é Cultura. Desenvolva um programa de conscientização efetivo. Colaboradores bem treinados reconhecem riscos antes que eles causem danos e evitam que golpes comuns se tornem crises internas.
Separando os ambientes
Quando e-mails pessoais e corporativos se misturam, o risco cresce. Dispositivos e contas distintos reduzem as brechas e dão mais controle ao time de TI.
O caso de vazamento de dados, funciona como alerta para organizações de todos os tamanhos: segurança não depende apenas de ferramentas, mas das escolhas do dia a dia. A informação é nossa melhor defesa, desde que realmente aplicada.
Fábio Queiroz é CEO da SanviTI TSI, Especialista em Tecnologia e Segurança da Informação.