O Brasil é um país que se transformou muito nos últimos anos. Particularmente no período que vai de 2013 a 2022. Temos um país que tem parte de sua população que é composta por delinquentes. São pessoas que não respeitam as leis e acham que podem resolver as coisas com violência.

Temos acompanhado desde o final da eleição de 2022, um verdadeiro show de bizarrices praticados por pessoas alucinadas, desinformadas, ignorantes e, acima de tudo, irresponsáveis. São pessoas que levaram idosos e crianças para as portas de quartéis. E tudo isso com a complacência dos nossos bravos militares que consumiram milhões com picanha, leite condensado, Viagra e prótese peniana. E é também nessa nossa briosa forças armadas que abrigam os 79 mil militares que receberam Auxílio Emergencial indevidamente, conforme informou o Tribunal de Contas da União (TCU).

E essas coisas não param de acontecer. No momento em que o STF julga Bolsonaro e sua trupe, por crimes absolutamente comprováveis pelo amontoado de provas produzidas nas investigações, bolsonaristas de diferentes calibres, seguem desafiando a lei e a ordem. 

O Eduardo Bolsonaro, por exemplo, está nos EUA desde fevereiro, tramando contra o Brasil e o povo brasileiro, sem que seus pares encaminhem o óbvio: sua cassação. É um verdadeiro escárnio com os verdadeiros cidadãos brasileiros. Dia sim, e outro também, ele grava vídeo atacando as instituições brasileiras, fazendo ameaças direcionadas aos integrantes das nossas instituições, sem que nosso parlamento apliquem as devidas punições.    

Faz parte dessa horda de delinquentes, todas as autoridades que foram coniventes com todas as badernas produzidas por essa gente. Badernas essas defendidas por aqueles que, em diversas ocasiões, chamavam de baderneiros professores, operários, sem-terra e sem teto que se manifestavam sem provocar os tumultos praticados por essa horda de arruaceiros.  

Bolsonaro e sua família são a síntese do que existe de pior em nosso país. Ele é o fio condutor de toda essa delinquência que ganhou vida em nosso país, sempre tão classificado como o pais da cordialidade, por mais que divergências sempre existiram.

Muitas vezes, em função do espaço limitado da coluna, é difícil concluir um artigo sem dizer tudo aquilo que precisa ser dito. São muitos crimes e muitos criminosos a nos rondar. Quero que todos paguem da forma como deve ser. Com o devido processo legal, sem juiz que atue como acusador, sem procuradores articulados com o juiz para produzir uma condenação, e que as penas, justas que são, sejam plenamente aplicadas.  

 

Afonso Pola (acelsopp@gmaill.com) é professor e sociólogo.