É lamentável o abandono pelas autoridades do cemitério São Salvador. As famílias estão entristecidas ao ver dezenas de túmulos violados. Os ladrões furtam as partes de metal após destruírem e deixar os túmulos escancarados. Além do mais parte das calçadas estão destruídas sem nenhuma manutenção. Isto ocorre há anos.
Visitamos o cemitério e verificamos jazigos, sepultura e túmulos destruídos. Não há nenhum guarda ou funcionário para fazer a segurança, principalmente no período da noite. De nada adianta somente a cerca elétrica em algumas áreas, é necessário vigilância permanente.
Cada vez que uma parte de um jazigo é destruída, a família gasta valores altos para reconstruir. Além de vandalizarem túmulos, levam vasos de bronze ou de cerâmica, as placas de metal com os nomes dos falecidos e até fotografias. Nem sempre é possível recuperar o que se perdeu. Todos aqueles que têm entes queridos sepultados no cemitério São Salvador devem pedir socorro ao prefeito, vereadores, Polícia Militar e Guarda Municipal. Mas a maior responsabilidade é do Executivo. É obvio que é possível diminuir gastos e esbanjamentos e reservar valores para a manutenção e segurança de um cemitério tão antigo que é histórico.
É hora dos familiares se reunirem e providenciarem um abaixo-assinado. É um pedido de socorro. As valas comuns também estão abandonadas e deveriam ser restauradas pelo município. Os corpos do pó vieram e para o pó voltarão, mas as homenagens àqueles que partiram para o eterno precisam ser respeitadas, independentemente das religiões a que pertenceram. Evite desrespeitar os mortos para que não seja desrespeitado em vida.
Os familiares visitam os jazigos nos Dias das Mães, dos Pais e Finados. Quando olham e veem tudo destruído choram porque as lembranças e saudades estão abaladas. Autoridades tomem providências imediatas e não sejam intolerantes com os sentimentos e amor dos parentes.
Olavo Arruda Câmara é advogado, professor. Mestre e Doutor em Direito e Política.