A coleta seletiva ainda é um desafio regional. Encontrar a melhor forma de fazer, conscientizar a população sobre a sua importância e contar com uma estrutura adequada para recebimento, separação e encaminhamento do material a ser reciclado ainda são problemas que precisam ser enfrentados e superados.

Mogi saiu na frente nesse quesito há mais de uma década. Desde 2007, a cidade conta com o Recicla Mogi, que tem como objetivo estimular a separação do lixo e a coleta seletiva em todo o município. Para isso, a cidade foi dividida em regiões, cada uma com dias e horários específicos para a passagem do caminhão do programa.

Além disse, existem os ecopontos em diversos locais para receber inservíveis, sendo que muitos podem ser reaproveitados e reciclados.

Há quase um mês, a cidade, que é exemplo no Alto Tietê, se viu envolvida em uma situação preocupante, o acúmulo de material no Centro de Triagem da Vila São Francisco com o encerramento do contrato com a antiga cooperativa e problemas na licitação para contratação de uma nova empresa responsável.

O caso rendeu "dor de cabeça" e muito debate por parte dos vereadores, especialmente os de oposição, que cobram uma solução. O Executivo, por sua vez, adotou, por enquanto, uma medida paliativa autorizando uma das empresas desclassificadas a trabalharem no local em troca do material lá acumulado até que o processo licitatório seja retomado e concluído.

É preciso que todas as prefeituras da região e do Brasil tenham em mente que coleta seletiva é coisa séria, necessária e rentável, sendo responsável pela renda de milhares de famílias brasileiras. Investir em estrutura e boas condições para os cooperados é princípio básico para se conseguir um serviço de qualidade, eficiente e promissor. 

Modernizar o processo também é fundamental, assim como treinar aqueles que manuseiam o material reciclado. Lixo é dinheiro e isso não pode ser ignorado. É preciso um olhar atento e constante para esse setor, uma vez que a produção de lixo no mundo só tende a aumentar.