A concorrência do lixo volta a avançar em Mogi das Cruzes com a abertura ontem dos envelopes com as propostas dos consórcios concorrentes, que têm entre os integrantes a CS Brasil, que prestou o serviço por anos na cidade, e a Peralta Ambiental, que está em mais um contrato emergencial, que termina em agosto. Como mostra a reportagem em destaque hoje, os valores são bastante semelhantes, em torno de R$ 95 milhões por ano, e cabe agora a análise da Prefeitura.

O desejo de todos é que o processo, depois de duas suspensões, siga o rito normal e o quanto antes seja definida a empresa que prestará o serviço de limpeza pública, coleta e destinação de resíduos domiciliares tão essencial à cidade. Até mesmo uma terceira empresa, que não estava habilitada para o certame, atravancou o processo questionando-o na Justiça e acabou desistindo da ação.

A própria Prefeitura de Mogi alerta em resposta a nossa reportagem que um novo questionamento pode ser feito por um dos consórcios participantes, quando o resultado for divulgado, e assim mais uma vez o prazo pode ser alterado. Tudo parte dos trâmites burocráticos que estabelecem os critérios para a definição dos prestadores de serviços públicos.

A burocracia, embora necessária e garantidora da lisura do processo de contratação de produtos e serviços pelo Poder Público, é muitas vezes a certeza de que a tramitação de uma licitação se alongue além do previsto, o que, em alguns casos, pode prejudicar a continuidade de determinado serviço e levar a falta deste ou aquele produto.

Na questão atual, porém já foi garantido pela administração municipal que isso não deve ocorrer com a limpeza pública e a coleta de lixo e sua destinação, mas a novela que acompanhamos até o momento, com suas idas e vindas, aumenta as chances de que se termine recorrendo mais vez ao contrato emergencial. Esperamos que não seja assim, mas não se pode negar que o risco exista.

Que a Prefeitura de Mogi possa agir prontamente, como tem feito, e dê prosseguimento ao trâmite para que logo saibamos qual será o consórcio vencedor, seja com a participação da Peralta ou da CS Brasil.