Os ânimos em relação às eleições estão se acirrando, o que é natural, afinal começam a surgir as alianças políticas, adversários agora são aliados e ideias e embates começam.
Essa é a atmosfera que se espera de uma eleição, além é claro dos ataques pessoais, o velho tapinha nos ombros dos eleitores e o famoso beija-mão dos partidários menores aos candidatos mais graúdos, os chamados caciques.
Mas este ano outro tema começa a dominar as eleições: a desconfiança que setores da política, sobretudo aquela que está no Palácio do Planalto, em apontar que as urnas eletrônicas possam ser fraudadas ou violadas. Bom, pelos menos até agora não há sequer indícios de que a urna eleitoral possa sofrer este tipo de procedimento, certamente se houvesse essa possibilidade, alguma coisa já deveria ter sido feita. Há um ponto interessante do porque ela não pode ser hackeada é o fato de não ser conectada à internet e seu total de votos é gravado em um dispositivo próprio que só pode se reconhecido pela Justiça Eleitoral. Além disso, fiscais de partidos, de todas as vertentes, entram nas seções eleitorais após a emissão do boletim de votação daquela urna que, geralmente, são afixados nas paredes e portas das salas.
Ao que parece, desconfiar das urnas eleitorais pode ser mais uma cortina de fumaça para justificar uma possível derrota no pleito e tentar postergar uma votação que começa e termina no mesmo dia, graças ao equipamento eletrônico.
Mas outra possibilidade destas desconfianças sem fundamento, e começar a desacreditar a Justiça Eleitoral, é um ensaio para um golpe para se tornar presidente vitalício. Conhecemos locais assim, Venezuela e Coreia do Norte são exemplos disso.
A democracia é o exercício do poder pelo povo, para atender suas necessidades, não à toa tivemos um crescimento expressivo no número de jovens eleitores como mostramos recentemente em uma reportagem. A eleição passa por isso, neste caso, entender e respeitar o resultado das urnas é a melhor forma de respeitar a população, seja qual candidato vencer o pleito deste ano, e dos próximos também.