Após muita pressão, e monitoramento das redes sociais, o grande cercadinho virtual da Presidência da República, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu a exoneração do cargo. A saída de Ribeiro veio após um escândalo sobre a indicação de verbas da Pasta para municípios indicados por pastores evangélicos, que não tinham cargos dentro do poder Executivo federal. Este é o quarto ministro a cair, entre eles Carlos Decoteli, o Breve, que mal esquentou a cadeira e já saiu.

O que esperar agora do novo titular do cargo? Bom, na realidade não muito, porque já se percebeu que o Ministério da Educação atende aos mandos e desmandos da Presidência da República e o conhecimento e o investimento nos estudos, nunca foram o forte deste governo. Sempre foi deixado claro que o que importa são as armas e combater o mal. Um estilo de governar meio que quixotesco.

Pensando dessa forma, agora é aguardar um novo governo começar, que dê mais valor à Educação, seja ele de qual partido ou ideologia for, porque o que está faltando, não só para este, mas para governos anteriores, é entender que a escola, uma escola bem feita, transcende tudo isso. Sem melhorar nossos índices de aprendizado continuaremos sem capacidade de competir com os países mais sérios, ao menos neste segmento.

Sempre nos vangloriamos de ser um dos melhores no futebol - bom, ao menos éramos - de ter cinco Copas do Mundo, isso é legal também, mas este orgulho deve ter outro caminho, voltado para os problemas reais, e a Educação é um deles. Com um sistema educacional forte e competitivo, que foque no aprendizado, e não em livrar as crianças do comunismo - coisa que nunca existiu por aqui - poderemos um dia nos orgulhar também da nossa capacidade de lecionar e aprender também.

É necessário muito esforço para isso acontecer, entretanto tudo indica que esta boa vontade não virá antes do fim deste ano. Ficamos na torcida para que isso mude a partir de 1º de janeiro de 2023.