O brasileiro está cansado de saber que os preços, mesmo daqueles produtos mais básicos, estão quase impraticáveis. De uns tempos para cá, quando começou a pandemia de coronavírus (Covid-19) e com a omissão das políticas públicas para trabalhar melhor os preços e a inflação, os valores só fazem subir.
Um desses produtos, e que acaba impactando na maioria dos demais itens, uma vez que quase tudo funciona como uma cadeia produtiva, é a gasolina e os demais combustíveis. Sem eles, que abastecem os veículos para escoar a produção, a maioria das coisas que compramos no supermercado não estaria lá. O trajeto desses produtos, feito em larga escala por caminhões e vans, barateiam o seu custo para o consumidor final. Mas, com os preços dos combustíveis lá em cima, mesmo o transporte a granel, sofre com o valor deste insumo. Um entrevistado da nossa reportagem, proprietário de um posto no bairro Alto do Ipiranga, em Mogi das Cruzes, informou que o preço subiu muito nos últimos meses ao ponto de haver queda de consumidores, isso porque estamos falando de um produto básico, utilizado todos os dias.
Alguns pontos ajudam a população a não sofrer tanto com os preços, que é a possibilidade do trabalho remoto. É claro que não é todo mundo que pode fazer isso, somente nos trabalhos onde a presença do funcionário não seja fundamental ao serviço, no entanto, os casos devem ser analisados um por um entre colaboradores e empresas.
Voltando ao preço dos combustíveis, o problema é que, além da inflação, o valor acompanha o dólar, e se o dólar sobe, a gasolina, o diesel e o etanol (sim, o etanol também) vão subir.
Para as eleições deste ano, o eleitores precisam analisar bem os candidatos e qual será a política de preço para os produtos de primeira necessidade. Se continuar como está, o valor dos combustíveis vai arrebentar com o brasileiro. Isso sem contar com a cadeia produtiva, e uma que faz parte dela a compra de um carro: por que adquirir um veículo se não há dinheiro para colocar combustível? É de se pensar.