Inegavelmente vivemos a terceira onde de infecção por Covid, agora com a variante ômicron. Muito mais contagiosa, os casos de novas infecções dispararam após as festas do final de ano e embora o número de contaminados seja enorme não assistimos a mesma curva de internações e mortes, resposta da imunização vacinal.
Quem ainda não se vacinou tem a oportunidade de fazê-lo e assim evitar, caso contaminado, os efeitos mais graves. Relatos da imprensa apontam que pessoas não vacinadas estão apresentando quadros mais graves. Daí a necessidade da cobertura vacinal, pois a atual variante já se revelou muito mais contagiosa que as anteriores.
Não vemos nenhuma campanha pela vacinação promovida pelo governo federal, não há incentivo nem propaganda da vacina o que é um absoluto contrassenso, pois é o sistema público de saúde que fica sobrecarregado com o atendimento dos casos graves, onerando nossos recursos e paralisando o nosso já estagnado serviço de saúde.
Além de não incentivar a vacinação, o governo federal também não cria nenhum óbice aos que não se vacinam, o que, na prática, é um estimulo à não vacinação. Porque não condicionar o recebimento de auxílios, benefícios sociais, seguro desemprego e até linhas de créditos em bancos federais à comprovação de cumprimento do calendário vacinal? O mesmo se observa com a vacinação infantil, retardo na compra de vacinas, atraso do cronograma vacinal e exposição desnecessária de nossas crianças, contrariando nossa tradição das campanhas de vacinação que, em anos anteriores, praticamente erradicou do território nacional doenças infectocontagiosas como o sarampo, cuja circulação retornou ao país.
Precisamos restabelecer nossa cultura vacinal, promover campanhas de vacinação, divulgar e estimular as pessoas a tomar as vacinas disponíveis e principalmente velar pela vacinação de nossas crianças. Precisamos combater a mentira, as campanhas contrárias às vacinas, o desestímulo à vacinação e todo ato contrário à saúde e à vida.
Cedric Darwin é mestre em Direito e advogado