Quarenta pessoas morreram em razão de desastres naturais em Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano em razão de desastrastes naturais entre os anos de 1994 e 2018, segundo um levantamento feito pelo Instituto Geológico, órgão ligado à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo. Separados por cidades, foram 20 óbitos em Itaquá, 16 em Mogi e quatro em Suzano.
Os desastres naturais são divididos em hidrológicos, geológicos e meteorológicos, ou seja, tomam como base chuvas, movimentação de terra, alagamento e enchentes. Por mais que essa quantidade de mortes esteja espraiada entre os mais de 20 anos de estudo, não pode ser considerado normal 40 pessoas perderam a vida por conta de desastres naturais.
As tragédias podem ter sido provocadas pela chuva ou qualquer outro fenômeno natural, mas, ao que tudo indica, foi a falta de estrutura que permitiu um desfecho trágico. Casas construídas à beira de barrancos, rios, ou qualquer outro lugar que ofereça a menor probabilidade de risco devem ser fiscalizados de perto. É o tipo de situação que deve ser acompanhada pelo poder público. Está certo que existe déficit habitacional que precisa ser corrigido com urgências, mas não por isso deve-se permitir que imóveis sejam construídos em locais de risco. À reportagem recente concedida do Grupo Mogi News, o secretário municipal de Segurança já contou sobre as dificuldades de se impedir a construção de moradias irregulares. "A fiscalização trabalha com firmeza, mas são muitas ocorrências em um mesmo dia, é difícil impedir essas ocupações por completo", lamentou o chefe da Pasta, Paulo Roberto Madureira Sales.
A promessa de desassoreamento de rios e córregos já minimizaria as tragédias. Já existe o planejamento para limpeza do rio Jundiaí em novembro. Que ele seja cumprido e que outros locais críticos no Alto Tietê também passem por tratamento, a fim de se evitar que os números trágicos aumentem.