Enquanto as atenções se voltam ao reaquecimento da economia, potencializado pela contínua permissão de retorno de diversas categorias, alguns setores ainda amargam as restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e veem seus lucros sendo diluídos diariamente.
Empresários de transporte escolar, proprietários de escolas particulares, donos de unidades de cinema e autônomos da área de eventos, por exemplo, ainda continuam sem poder lucrar, uma vez que suas atividades estão inviabilizadas. Para reverter este cenário, que hoje se mostra desfavorável, algumas categorias enxergam nas manifestações públicas uma possibilidade de alertar sobre as dificuldades que estão passando.
Transportadores escolares de Mogi das Cruzes fazem, amanhã, em frente à Prefeitura, uma manifestação em busca de auxílio da administração municipal durante o período de restrição. O protesto terminará com uma carreata do grupo nas rua do centro.
O segmento trabalha com três pretensões primárias em relação ao movimento a ser realizado: auxílio financeiro ou autorização para trabalho diferenciado (como transporte alternativo), aprovação do projeto de lei federal que cria uma linha de crédito exclusiva e refinanciamento junto aos bancos.
A princípio, reivindicações justas de uma categoria que viu seus lucros quase que zerarem. Os empresários do ramo, que não tiveram seus lucros reduzidos totalmente, contam com a compreensão de pais que mantiveram o pagamento, mesmo sem a prestação do serviço.
Certo é que desde o início dos efeitos da pandemia, em março, a maior parte da economia foi afetada, com uma pequena exceção de empresas de limpezas, da indústria produtora de itens tidos como necessários para controle da Covid-19, como de respiradores e álcool em gel e outros poucos empreendimento. Entretanto, mesmo dentro da categoria mais afetada, há ainda aqueles que sofrem mais ainda e que pouco podem fazer, a não ser protestar por auxílios.
Mais uma vez, a bola está com o poder público. Decisões e estratégias precisam ser tomadas para ofertar assistência mínima a todos durante a pandemia.