A notícia da recuperação de empregos, mesmo que parcial, em julho, é uma das melhores para a economia da região desde abril, quando a pandemia do coronavírus começou a ter grandes efeitos no Alto Tietê e em todo país. Se pegarmos os números do segundo trimestre, os dados são ainda mais animadores, uma vez que neste período, com os casos de infecção da doença aumentando, houve a restrição de abertura do comércio e serviços, o que fez muita gente ser demitida e, consequentemente, pulverizou a quantidade vagas de empregos criadas para o período. É um alento que as pessoas consigam um trabalho e que a quantidade de admissões seja maior do que a de demissões.
Pelo segundo mês seguido, a região experimentou uma maior quantidade de contratações do que demissões, o que pode evidenciar que os piores dias da pandemia do coronavírus, ao menos no que diz respeito a este assunto, podem estar ficando para trás. Somente no mês passado, foram criados 1.233 postos de trabalho. Um mês antes, esse número era de 116. O avanço é enorme entre os períodos analisados.
Por outro lado, é preciso cautela e estudar meios para que essa recuperação de vagas de emprego continuem a ser recuperadas. O medo de uma segunda onda da Covid-19, a exemplo do que já ocorreu em diversos países, ainda nos assombra. Neste caso, além da economia ser obrigada a dar mais alguns passos para trás, volta o risco do aumento de número de óbitos causados pela doença.
Os ambientes sociais podem ser os maiores responsáveis pela disseminação do coronavírus. Logo, com o bônus causado pelo aumento da geração de emprego, é preciso um maior cuidado e conscientização para que o ônus não venha a galope. Isso porque, mais empregos também significa mais pessoas aglomeradas em salas, nas ruas e nos transportes públicos.
Vivemos um momento em que todo benefício pode esconder por trás um perigo em relação ao coronavírus. Por dia, mais de mil pessoas morrem por conta da pandemia, número este que insiste em permanecer por meses.