Você já saiu de uma aula, palestra, curso ou até mesmo de um culto com dúvidas porque teve timidez, medo ou insegurança de erguer a mão e assumir que não entendeu? Pois bem, tenho a impressão que Tomé não foi essa pessoa. O capítulo 14 do Evangelho de João, narra um momento em que o Senhor Jesus está falando com os discípulos acerca do Reino de Deus, e era um assunto muito complexo para eles. Jesus falava do Reino Celestial. Demandava muita Fé pra receber aquilo, naquele momento, sob aquele contexto. (Jesus os preparava para sua despedida) Tomé reage a uma afirmação de Jesus ao dizer que eles sabiam acerca do caminho. Tenho outra impressão aqui sobre essa afirmação de Jesus, acredito que o Mestre estava a provocá-los e se não fosse a ousadia de Tomé, quem sabe se perderia a oportunidade de ficar registrado a plena revelação de Jesus Cristo em pregar ser Ele o Caminho… (pelo menos nesse contexto). Em um outro momento podemos notar mais uma vez a ousadia e de Tomé ao posicionar se de forma corajosa frente aos demais discípulos de Jesus. O capítulo 11 do evangelho de João narra a bem conhecida ressurreição de Lázaro, o amigo de Jesus. Ao informar aos discípulos que Lázaro estava morto e que voltaria para Judeia para ter com eles (Marta, Maria e Lázaro) logo o lembraram sobre o risco da volta e possibilidade de o apedrejar. Tomé por sua vez, deixa bastante claro que não importava o risco, estava pronto para morrer com ele (Lázaro), e por Ele (Jesus). A tradição popular rememora o peso da incredulidade atribuída ao apóstolo no cap. 20 do Evangelho de João. No episódio Jesus aparece aos demais discípulos e lhes mostra suas chagas, o fato de Tomé não estar entre eles nesse momento me sugere o pensamento de que Tomé não estivesse com medo, como é citado sobre os demais no verso 19, além de que é claro o fato de que a incredulidade dele não fora para com Jesus e sim para com seus amigos, ele deixa claro que para ele Crer na ressurreição de Jesus precisaria tocá-lo também e não se convenceria só de ouvir falar. Jesus lhe permitiu que o tocasse e por sua vez, tornou se um "Crente Fervoroso". Evangelizou na Índia, onde se tornou mártir por volta de 72 d.c. alvejado por flechas hindus enquanto orava. Ser um crente como Tomé é não ser tímido diante as dúvidas. É colocar a prova o que é pregado, examinar a palavra do profeta e ver se está em concordância com a palavra de Deus. É querer tocar e ser tocado por Jesus. E toda ousadia se tornará convicção.