O Centro Cultural Castelo Zenker de Ferraz de Vasconcelos, inaugurado em julho deste ano, recebe sua primeira exposição neste mês. Com apoio das Secretarias municipais de Cultura e Turismo, no dia 9 de novembro, a partir das 14 horas, a mostra “Trajetos e Trajetórias: Uma Década de Fotografia”, do fotógrafo e documentarista Fabrício Augusto, estará disponível gratuitamente para todos os públicos até o dia 24 de novembro. A festa de abertura será comandada pelo DJ Jaylasse.
A exposição marca os 10 anos de carreira do fotógrafo, que começou sua jornada em 2014 utilizando apenas um aparelho celular. A mostra trará imagens emblemáticas e importantes, incluindo obras inéditas e registros de seu intercâmbio cultural em Toronto, no Canadá, entre 2023 e 2024. O espaço ainda contará com uma sala totalmente dedicada aos seus trabalhos audiovisuais.
O fotógrafo já teve seus trabalhos expostos em vários locais, como Centro Cultural Grajaú, Teatro Municipal de Poá, Casa de Cultura de São Rafael, Centro Cultural Embu Guaçu, Escola Livre de Teatro, Espaço Opereta, Espaço N de Arte Cultura, Centro Cultural Octo Marques e Museu da Imagem e do Som de Araraquara.
Trajetória
Fabrício iniciou sua trajetória fotografando principalmente a rua e seus desdobramentos como cidade e sociedade, tema que também de seus três filmes. Ele ressalta que esse período da sua vida desempenhou um papel crucial em sua trajetória para pensar arte e cultura, e principalmente para se reconhecer sendo um artista da imagem.
A segunda fase de sua carreira foi marcada por uma forte ligação e influência com o teatro, fotografando peças com uma câmera semiprofissional. Até hoje em seus principais trabalhos são vinculados aos palcos, onde já teve a oportunidade de trabalhar com importantes grupos e coletivo teatrais, entre eles, o Teatro da Pombagira, Coletivo Estopô Balaio e o Teatro da Neura. Neste último, ele já fotografou e produziu mais de dez peças teatrais do grupo. Entre as peças importantes de sua trajetória, estão “Anatomia do Fauno”, “Meninos, Também Amam”, “A Última Virgem”, “Viúva, Porém Honesta”, “A Morta Mais Linda da Cidade”, “Sábado de Aleluia”, “Alguns Destes E Seu Parente?” e “XAWARA”.
Com influência do teatro, sua paixão pela fotografia de palco e shows o levou a trabalhar com artistas nacionais renomados, como Criolo, Emicida, Tássia Reis, LuedjI Luna, Gilsons, Letrux, Bia Ferreira, Bruno Capinan, Jorge Aragão, entre outros. Já enquanto morou no Canadá, fotografou artistas internacionais como a banda colombiana INDUS, Sonic Griot e Matt Somber.
Recentemente, Fabrício se dedicou à fotografia documental, transitando entre fotos e o audiovisual, resultando em três filmes: "O Som do Silêncio", que aborda o isolamento social durante a pandemia; "A Vida Real", que retrata a recuperação social após o confinamento; e "Os Fios do Sertão", que aborda sua afetividade com o Ceará, selecionado para o prestigiado Festival de Cinema Independente 1Minuto.
Como documentarista, destaque também para "Todo Menino É Um Rio", filmado no sertão Ceará, que retrata o importante e emblemático Rio Jaguaribe e seus desdobramentos para a população em suas margens, trabalho que gerou uma exposição fotográfica na Biblioteca Municipal José Andere, de Ferraz, em 2022. O filme também foi exibido no Cinema Municipal Wilma Bentivegna, em Suzano.
Em 2024, Fabricio foi convidado pelo Museu das Favelas para participar da exposição itinerante “Favela é Giro”, que inclui suas obras “A Vida Real” (audiovisual) e “O Aniversário do Diabo” (fotografia), que passará por diversas cidades espalhadas pelo Brasil, incluindo Ferraz em fevereiro de 2025. Ele ainda desenvolve dois trabalhos autorais: “Meu Corpo E”, que promove a aceitação do corpo nu como ato político, e “TransCidades”, que destaca histórias da comunidade trans e travestis.
Serviço:
Trajetos e Trajetórias: Uma Década de Fotografia
Centro Cultural Castelo Zenker, localizado na rua do Castelo, 25 - Jardim do Castelo, Ferraz de Vasconcelos
09 de Novembro de 2025
14h às 17h
Entrada gratuita
Faixa etária livre