O uso de câmeras no uniforme dos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) voltou a ser discutido na Câmara de Mogi durante sessão realizada ontem (7) e pode ser votado na próxima semana.

O vereador Otto Rezende (PSD) apresentou uma indicação onde destacou a possibilidade de realização de estudos técnicos e financeiros por parte da Prefeitura de Mogi para aquisição das microcâmeras corporais (bodycams) a serem acopladas aos uniformes da corporação. Segundo ele, o projeto de lei que prevê o uso do equipamento deve ser incluído na pauta de votação já na próxima semana.

De acordo com o vereador, a propositura foi discutida no ano passado com a Secretaria de Segurança e o prefeito Caio Cunha (Podemos), e na ocasião o Executivo se mostrou favorável a medida. "Está tudo pronto, inclusive o projeto, que passou por todas as comissões. A Câmara decidiu que não votaria no ano passado, mas acredito que na semana que vem já seja possível fazer a votação e ficará por conta do Executivo sancionar e ver a possibilidade de implantação o quanto antes", afirmou o parlamentar.

O autor do projeto destacou ainda que o assunto foi tratado com a própria GCM, uma vez a ideia não era propor uma lei impositiva e sim oferecer mais uma ferramenta para inibir a violência na cidade.

O também vereador da situação Maurino José da Silva (Podemos) apoiou a iniciativa, mas que o ideal não seria implantá-la agora. "É preciso aumentar o efetivo antes, porque será preciso, por exemplo, destacar três guardas para fazer a preparação desses equipamentos todos os dias para que cada agente os utilizem no uniforme", disse.

Segurança

Para Iduigues Martins (PT), o uso do equipamento garantirá mais segurança tanto para a Guarda Municipal quanto para a população. "Será possível ver a conduta das duas partes no momento da abordagem, inclusive se existir algum tipo de abuso, mas também é importante debater outros assuntos relacionados a Guarda, como as condições de trabalho atuais", pontuou.

Iamspe

Ainda na sessão, os vereadores votaram favoráveis a uma moção de apelo apresentada pelo vereador e presidente da Casa de Leis, Marcos Furlan (Podemos), cobrando novos pontos de atendimento para os conveniados do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) em Mogi.

Segundo ele, atualmente apenas três clínicas atendem os servidores públicos estaduais. "Nós já tivemos convênio com o Hospital Santana e com o Hospital Luzia de Pinho Melo, mas hoje não tem hospital que atenda essas pessoas em Mogi. A maior parte são idosos que precisam se locomover até São Paulo para conseguir atendimento. Precisamos que o Governo do Estado estabeleça novos convênios ou um repasse mais substancial", finalizou.