A busca por ações que promovam a reindustrialização e a inovação da indústria é a principal expectativa do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o futuro governador Tarcísio de Freitas (REP). A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) também espera o desenvolvimento e fortalecimento do comércio.
José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê, ressalta que ao longo dos anos, o Estado e o país vêm perdendo competitividade no mercado mundial. "As reformas administrativas precisam ser efetivadas junto com ações que viabilizem linhas de crédito e investimento para a indústria. Nosso país concentra uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que engessa a competitividade das indústrias, afugenta investidores e impede injeções de recursos mais robustos em áreas essenciais, como de tecnologia e inovação", detalhou.
Para o diretor, é fundamental que não ocorram rupturas drásticas nos projetos em desenvolvimento e, na esfera nacional, essencial que o presidente eleito efetive o discurso de promover a reindustrialização e de criar um conselho de desenvolvimento.
"É importante que o novo governador mantenha os convênios com as cidades da região, em especial, no que se refere aos investimentos na infraestrutura, como melhoria de transporte público por meio da adequação das estações, a recuperação da malha viária e investimentos em novos acessos, principalmente, no Taboão, que tem a maior área de Zona de Uso Predominantemente Industrial (ZUP 1) da Região Metropolitana", destacou.
Comércio
A presidente da ACMC, Fádua Sleiman, avalia que o comércio precisa de ações que colaborem para a recuperação do setor no pós-pandemia de Covid-19. A entidade aguarda que as reformas administrativas, principalmente a tributária, possam ser colocadas em prática pelo presidente eleito.
"Ainda temos muitos empresários que estão se recuperando das perdas acumuladas e precisam de um fôlego para conseguir saldar as dívidas, voltar a investir e consequentemente, gerar empregos e renda", destacou Fádua.
A alta carga tributária paulista também está no centro das atenções da Associação Comercial mogiana. "Durante a pandemia tivemos o aumento do ICMS para alguns segmentos, o que impacta os custos. Sabemos que os impostos têm papel importante para gerar desenvolvimento social, mas avaliamos que algumas mudanças podem ser benéficas para movimentar a economia. Outro ponto que pode ser revisto é a política de substituição tributária do Estado", concluiu.