Situada às margens do rio Tietê e aos pés do Itapety, como diz Raulindo Paiva no hino da cidade, Mogi das Cruzes é a cidade mais antiga (462 anos), com maior extensão territorial (712,541 km²) e com maior número de habitantes (455.587) - dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - do Alto Tietê.
Desvendada pelo bandeirante português, Braz Cubas, em 1560, a área servia como ponto de descanso para ele e outros companheiros quando faziam longas caminhadas, ato que tornou-se mais frequente com a criação da primeira estrada que ligava São Paulo a Mogi das Cruzes em 1601. A partir de então, alguns viajantes optaram por se instalar no local, como foi o caso de Gaspar Vaz.
Em 1611, o Brasil passava por um projeto de povoamento e, por isso, no dia 1 de setembro foi oficializada a Vila de Sant'anna de Mogi Mirim, considerada uma área de grande importância e colocando Mogi como uma das cidades mais antigas do Brasil. Mas foi apenas em 1865 que Mogi das Cruzes de fato pode ser chamada de "cidade".
Hoje, Mogi tem destaque nacional por fazer parte do Cinturão Verde de São Paulo, sendo uma das maiores produtoras de caqui e cogumelos do Brasil, e referência mundial na produção de orquídeas.
O que fazer em Mogi?
Há 50 km de São Paulo e 59 km do litoral, Mogi das Cruzes não é mais apenas um ponto de descanso para passantes, mas sim o motivo da viagem de muitos. Além da grande área verde, Mogi eterniza sua história em museus, igrejas, parques, mirantes e muito mais. A reportagem destaca alguns pontos que destacam a cultura e história da cidade e voltados para atividades de lazer e esportivas:
Casarão do Carmo (rua José Bonifácio, 516, centro)
O Casarão do Carmo é uma construção do século XIX, que foi residência da família Bourroul, e a partir dos anos 1930, passou a abrigar diversas atividades culturais e comerciais, até ser desapropriado e restaurado pela Prefeitura na década de 1980. O espaço tem acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, abriga o Museu Visconde de Mauá, e oferece a Sala Clarice Jorge para apresentações artísticas, exibição de filmes e encontros culturais.
O Casarão conta ainda com um auditório com capacidade para receber 45 pessoas, disponibilizado gratuitamente para a realização de diversos eventos, como palestras, cursos, oficinas e lançamento de livros.
A entrada é gratuita. Mais informações para visitas e agendamento de grupos pelo telefone 4725-3448.
Catedral de Santana (rua Dr. Paulo Frontin, 360, centro)
Originária da antiga Igreja Matriz e localizada na região central da cidade, é um dos principais símbolos de Mogi das Cruzes. Destinada à Padroeira Sant'Anna, foi construída em 1902 no mesmo local onde foi erguida a primeira capela do povoado. Em 1952 foi idealizada uma nova igreja matriz pelo Monsenhor Roque Pinto de Barros, vigário da Paróquia. Com um projeto de construção inspirado na arquitetura romana dos primeiros templos cristãos, sua fachada compõem-se de um corpo central, correspondente a nave principal, ladeado por duas torres. Um conjunto de três pórticos em arco se sobressai na formação do adro externo. Sob a torre direita fica o batistério.
Centro de Cultura e Memória Expedicionários Mogianos (rua Cel. Souza Franco, 735, centro)
O Centro de Cultura e Memória reverencia a memória dos expedicionários mogianos e sua participação na Segunda Guerra Mundial. Foi criado para receber a estrutura já existente da Associação dos Expedicionários Mogianos e dar a ela um caráter didático. Os objetos, livros e pertences a expedicionários estão em exposição permanente, assim como a história da participação do Brasil na luta pelos ideais de liberdade e democracia.
Em 2015, o museu ganhou também uma sala de projeção, com capacidade para 25 pessoas. A visitação é gratuita.
Mirante Pico do Urubu (estrada da Cruz do Século, Serra do Itapety)
Com uma vista privilegiada de 360º da cidade e uma altitude de 1.160 m acima do nível do mar, quem gosta de se sentir nas nuvens encontra no Pico do Urubu a estrutura necessária para observar a cidade ou voar de paraglider ou asa delta.
Parque da Cidade (rua Jardelina de Almeida Lopes, Parque Santana)
O Parque da Cidade é um equipamento urbano que reúne estruturas voltadas à prática esportiva, atividades culturais e ao lazer. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Ruy Ohtake e conta com espelho de água cercado por palmeiras, praça de integração entre crianças e idosos, playground, Academia da Terceira Idade (ATI), bosque com espécies nativas da região do Alto Tietê, orquidário e jardim de flores, com variedades produzidas em Mogi, e ainda teatro de arena para atividades culturais de artistas locais.
O espaço tem também churrasqueiras, dois campos de futebol society, pista de caminhada com 1.200 metros de extensão, duas quadras de tênis, quadra poliesportiva, duas quadras de vôlei de areia, três quadras de basquete (modalidade streetball) e pavilhão esportivo para atividades como tênis de mesa, xadrez e judô.
Parque Centenário (Av. Francisco Rodrigues Filho, s/nº, Cezar de Souza)
Com 215 mil metros de área, o parque conta com quatro lagos com pontes flutuantes e um museu que retrata a história dos imigrantes japoneses.
O ambiente e a arquitetura do parque são inspirados na cultura japonesa, como o torii, um portão associado com templos xintoístas, parte da cultura japonesa. O parque também conta quadras esportivas, pista para caminhada, trilhas, playground, quiosques, sanitários e torneiras.
Pinacoteca de Mogi das Cruzes (rua Cel. Souza Franco, 993, centro)
A Pinacoteca tem dez espaços expositivos internos e um espaço externo, além de uma sala destinada às exposições rotativas e temporárias.
O acervo é composto por 50 obras pertencentes à Prefeitura, que foram reunidas ao longo dos anos. Em exposição, são 161 obras de 128 artistas, selecionadas especificamente para o equipamento. Há, ainda, 80 obras na Reserva Técnica.
A entrada é gratuita. Para agendar visita de grupos de pessoas ou grupos de alunos, envie um e-mail ou entre em contato pelo telefone 4798-6902.
*Texto supervisionado pelo editor.