Poá - Durante a votação do Projeto de Lei 64/2022, realizada anteontem, que estabelece o vale-alimentação no valor de R$ 250 para os servidores públicos que ganham até R$ 4 mil, um tumulto ocorreu na Câmara Municipal quando o presidente da Associação dos Profissionais e Trabalhadores da Educação de Poá (Apep), Franklin Valdemar da Costa, tentou furar o bloqueio da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que ele sendo imobilizado pelos agentes, além de ter sido atacado com a utilização de um spray de pimenta.

Os manifestantes afirmaram que não havia necessidade do projeto de lei, e a Prefeitura de Poá deveria seguir a Lei nº 4.166/2021, que previa a retomada do benefício no valor de R$ 400, suspenso em razão dos impactos da pandemia de Covid-19, quando a folha salarial do município ficasse abaixo de 51%, o que segundo Costa, já aconteceu.

Na sessão de anteontem, apesar do tumulto, o novo projeto foi aprovado no Legislativo poaense. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Poá informou que "o uso de gás lacrimogêneo se fez necessário na manifestação desta segunda-feira (anteontem) na sessão extraordinária na Câmara Municipal, para dispersar um grupo de manifestantes que tentavam invadir o plenário de forma agressiva, inclusive se chocando contra os agentes da GCM. Ainda de acordo com a Pasta, um dos manifestantes já havia quebrado o portão do plenário e uma pessoa ainda não identificada jogou fezes em uma das mesas dos vereadores. Houve tumulto e o gás é uma técnica de contenção não-letal utilizada pelas forças policiais para evitar maiores danos".

O presidente da Apep disse não reconhecer as ações atribuídas aos manifestantes pela Prefeitura. (E.D)