Na próxima quarta-feira, a cidade receberá a premiada Cia. Gravitá, que apresentará no Theatro Vasques, às 15 horas, o espetáculo Sob o Mesmo Teto. A montagem da trupe mistura circo e teatro e foi contemplada pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), a partir do edital Circulação de Espetáculo para o Público Infantojuvenil. A entrada é franca e os interessados devem trocar ingressos por pacotes de absorventes, para a campanha Tia Chica, do Fundo Social de Mogi.

Cada pacote de absorvente dará direito a um ingresso. Hoje e na segunda-feira as trocas devem ser feitas no Centro Cultural de Mogi das Cruzes. Já na terça e quarta-feira, os interessados devem fazer a troca na bilheteria do Theatro Vasques. Tudo o que for arrecadado será distribuído para pessoas em situação de vulnerabilidade, a partir das instituições sociais, associações de bairro e lideranças comunitárias cadastradas no Fundo Social.

Sob a direção de Michelli Rebullo, da Cia. Diálogos Acrobáticos, o espetáculo lança mão das linguagens do circo e do teatro para narrar uma singela história, que tem como foco a relação entre um professor solitário e uma gata de rua. As acrobacias de solo, ponto forte da Cia. Gravitá, estão presentes na apresentação e o público pode esperar jogos corporais, cômicos e acrobáticos.

"O espetáculo possui acrobacias de solo individuais e em dupla. Nas acrobacias em dupla, utilizamos uma técnica circense denominada mão-a-mão. Assim, temos elementos acrobáticos estáticos e dinâmicos, que se misturam à trama da história encenada", conta o acrobata Alessandro Coelho, que é, ao lado de Débora Ishikawa, fundador da Cia. Gravitá.

"Nossa relação no dia a dia nos faz enxergar os pets como pessoas. Eles têm vontades, manias e se comunicam conosco. E as acrobacias simbolizam justamente a harmonia dessas relações. Sou amante deles, sou a favor da adoção, prezo pelo respeito a todas as formas de vida e acredito que essas coisas permeiam nossas criações", conta a acrobata Débora Ishikawa, a intérprete da gata.

Por sinal, a gata da cena teve inspiração em um felino da vida real: Susi, que acompanhou boa parte da vida da acrobata. Para levar os gestos à cena, a acrobata se utilizou da mímesis corpórea (teatralização de movimentos do cotidiano a partir da observação), buscando, ao máximo, humanizar os trejeitos felinos.

Sob o mesmo Teto não tem fala. Tudo é gestual. Por conta disso, como destaca Alessandro Coelho, a trilha sonora inédita, assinada por Fred Fonseca, tem papel fundamental de guia.