A ameaça de atentado ocorrida nas escolas estaduais Professora Josephina Najar Hernandez e Profa. Maria Isabel dos Santos Mello, ambas em Jundiapeba, Mogi das Cruzes, na semana passada, colocou em alerta a estratégia de segurança em instituições de ensino. A repercussão foi grande nas redes sociais com diversas postagens relatando possíveis atentados. Em algumas mensagens compartilhadas nas redes, pais de alunos diziam que os filhos não iriam para as aulas com medo de que a ameaça fosse verdadeira.
Na manhã do mesmo dia, a Polícia Civil confirmou que viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM) estiveram averiguando as ameaças. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo nega que qualquer tipo de ataque tenha acontecido no local.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, após as ameaças, diversas medidas foram incorporadas para averiguar os fatos e manter a segurança dos estudantes. “O policiamento na região foi reforçado e policiais do 4º DP (Distrito Policial) de Mogi das Cruzes investigam o caso por meio de inquérito policial”, informou em nota.
Polícia Militar
Para o 1º tenente da Polícia Militar Rodrigo Paiva Galvão de França, da Seção de Comunicação Social do Comando de Policiamento de Área Metropolitana (CPAM-12), a Ronda Escolar é uma importante ferramenta na garantia da segurança de alunos e funcionários das escolas estaduais e municipais da região. A Ronda, segundo ele, atende aos chamados e auxilia a direção das escolas com diferentes demandas, como brigas entre alunos ou ameaças de atentado.
Outra atividade desenvolvida pela PM destinada aos alunos da rede pública de educação é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). “O Proerd é um programa muito abrangente que vai além do combate às drogas, ele aborda esses assuntos sociais”, explicou Galvão enfatizando que o programa está se adequando aos novos desafios da escola e da vida do estudante, tratando de temáticas como socialização e respeito.
O tenente também conta que a implantação das câmeras de monitoramento nas escolas auxiliou o trabalho da Polícia Militar, apesar do acesso às imagens não ser simultâneo: “Quando ocorre alguma ocorrência, alguma anormalidade, a própria direção faz contato com os policiais e acaba liberando as imagens”. Ele explica que a PM utiliza outros métodos para se certificar da segurança de crianças e adolescentes, como o acompanhamento por meio de câmeras das vias em frente às unidades de ensino.
Questionado se a tragédia da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, que completou três anos no mês passado, gerou uma sensação de insegurança na comunidade escolar, ele afirma que na época sim, mas que não existem evidências que justifiquem o receio de um massacre no momento. “Todos eles (casos ameaça de atentados), até o momento, não passaram de boatos, de trotes para as secretarias escolares ou grupos do WhatsApp”, salientou. Em 13 de março de 2019, sete pessoas foram assassinadas e 11 ficaram feridas na escola suzanense.
Galvão recomenda que em caso de suspeita de uma situação de violência a melhor ação é acionar a Polícia Militar e passar o máximo possível de informações para que a polícia. “Caso algum pai, professor, até mesmo um aluno, tenha informação, é importante denunciar pelo 190, essa ocorrência vai ser tratada com a maior prioridade”, concluiu.