A procura por imóveis residenciais e comerciais deve aumentar, depois da queda nos últimos anos devido à pandemia da Covid-19. A expectativa é positiva de representantes do setor em Mogi das Cruzes e Suzano. Segundo Donizete de Araújo Branco, corretor de imóveis e delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) - Guarulhos, que atua em Mogi, o mercado imobiliário voltou a aquecer de 2021 para 2022, o que deve se manter nos próximos meses, com preços mais acessíveis inclusive.

O corretor de imóveis explicou que houve um período praticamente obrigatório para trabalhar em home office, modalidade de trabalho remoto, com o fechamento de comércios e o isolamento social exigidos pela pandemia. Em 2020, ainda com recordes de casos diários de morte pelo coronavírus, segundo ele, os compradores de imóveis e os interessados em alugar foram impactados pelo período. “Foi verificado que com a inflação que o mercado estava exigindo, muitos optaram por devolver os imóveis”, disse o delegado.

Entre o final de 2020 e o início de 2021, de acordo com Donizete, o Creci-SP verificou a entrega de imóveis e partes de salas comerciais, diante do trabalho em casa. Segundo ele, também houve uma procura maior por imóveis residenciais. “A maioria das pessoas morava e trabalhava em apartamentos, e para você trabalhar em home office, acaba misturando, mesmo com o isolamento, o trabalho com a vida familiar”, destacou. 

O presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de Suzano (Acoris), Ademilson Alves Bernardes,  afirmou que houve um aumento da locação durante a pandemia, mas não uma demanda reprimida. O impacto maior, segundo ele, foi em relação às locações comerciais com renegociação de aluguéis e uma alta devolução de imóveis, como, por exemplo, restaurantes que não se adaptaram ao delivery e fecharam as portas. Na locação residencial, Bernardes disse que não houve mudança.

A partir da retomada do comércio com os devidos cuidados, o presidente da Acoris, disse que o mercado começou a aquecer novamente, como afirmou o delegado do Creci-SP. "Reabriram comércios e voltaram a contratar mão de obra. Agora no período de janeiro, fevereiro e até mesmo março, nós tivemos um aumento na procura de imóveis não comerciais e alguns comerciais", destacou Bernardes, afirmando que o setor vive uma fase positiva.