As autarquias responsáveis pelo fornecimento de água na região afirmaram que os problemas apontados pelo Mapa da Água são pontuais. A Sabesp, responsável pelo fornecimento de nove das dez cidades do Alto Tietê, com exceção de Mogi das Cruzes, alegou que “a água fornecida não é imprópria e cumpre a legislação para potabilidade”.
As amostras de Dicloroetano e Rádio-228 em Suzano, apontadas pelo estudo, estão inadequadas, de acordo com a autarquia estadual. A Sabesp afirmou que não havia registro no Siságua de Rádio-228, no período do levantamento, e que o Dicloroetano estava abaixo do valor máximo permitido pela Portaria de Potabilidade. “Eventuais índices superiores dos parâmetros 1,2 Dicloroetano e Rádio-228 relatados no Mapa da Água não estão relacionados aos sistemas operados pela Sabesp”.
Para a Sabesp, o Mapa da Água apresenta resultados pontuais, sem considerar o histórico de medições exigido pela legislação, defendendo que “o histórico das medições aponta conformidade com os padrões de potabilidade e garante a qualidade da água fornecida”. A autarquia destacou que quando anomalias são constatadas, são tomadas as providências necessárias visando a regularização da situação, e para garantir a qualidade da água distribuída, monitora continuamente todas as etapas do sistema de abastecimento.
O Semae, responsável pelo fornecimento de água em Mogi das Cruzes, o caso de Trihalometanos Total foi um problema pontual que aconteceu no primeiro semestre de 2019. “Outros laudos do mesmo período apontaram condições dentro do padrão”, informou a autarquia municipal em nota. A presença de Antimônio também não teria sido constatada acima dos limites de segurança.
Para manter a qualidade da água consumida, o Semae explicou que realiza em média 25,9 mil análises mensais no processo de produção e distribuição, monitorando cada etapa. O trabalho é feito de acordo com a Portaria de Consolidação nº 5 - Anexo XX, do Ministério da Saúde, que estabelece critérios de potabilidade da água para companhias de saneamento do país. (R.S.)
