Região - O sistema da Associação Comercial de São Paulo para estimar a arrecadação dos municípios de todo o país com impostos e tributos, o Impostômetro, apontou que as cidades do Alto Tietê tiveram um aumento de 11,54% na arrecadação municipal entre o início do ano e o dia 10 de fevereiro, na comparação com o mesmo período em 2021. No levantamento do sistema, o total de impostos das dez cidades foi de R$187,9 milhões em 2022, contra R$168,5 milhões no ano passado - uma diferença de R$19,4 milhões entre os períodos.
Mogi das Cruzes foi a cidade que teve a maior arrecadação entre os municípios do Alto Tietê e a maior diferença em valores totais entre o início de 2021 e o início de 2022: de R$56,2 milhões para R$ 62,7 milhões - um aumento de R$ 6,4 milhões. Poá teve a segunda maior arrecadação em impostos em 2022, com R$38,6 milhões, sendo R$ 3,9 milhões a mais que no período anterior, e foi seguida por Suzano, com R$32,7 milhões, com aumento de R$ 3,3 milhões.
Segundo Robinson Guedes, especialista em Administração e Finanças Públicas e coordenador do curso de Ciências Contábeis e de Administração da Faculdade Piaget, em Suzano, o aumento na arrecadação dos municípios segue uma tendência nacional, na qual o governo federal obteve recordes na arrecadação de impostos no ano passado. "Isto foi possível devido à inflação, com o aumento do preço dos produtos e dos impostos agregados. Em alguns segmentos o aumento esteve acima da inflação registrada no ano passado, na ordem de 10%, como o setor de combustíveis: pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o repasse para as cidades também aumentou", explicou.
Embora a inflação tenha empurrado para cima a arrecadação, Guedes contextualizou que, no mês de janeiro, a arrecadação com impostos municipais e estaduais é maior, com a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), ou seja, outros fatores que contribuem para o aumento da arrecadação no início do ano fiscal.