Região - Uma apuração do Grupo MogiNews/DAT junto aos dados disponibilizados pela Companhia de Abastecimento do Estado de São Paulo (Sabesp) sobre o nível dos reservatórios do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) mostrou que, em um ano, o volume de água disponível para a população teve uma queda de 23,55%.

Em 4 de janeiro de 2021, o Portal dos Mananciais da Sabesp, que atualiza diariamente a situação dos recursos hídricos no Estado, apontou que o Spat contava com 306,52 hm³ (hectômetro cúbico), ou com 54,49% de sua capacidade total. Doze meses depois, a totalidade da água disponível caiu para 234,35 hm³, ou 41,66% da capacidade - uma queda de 23,55% na comparação do período (veja quadro).

O sistema produtor conta com cinco reservatórios, localizados entre as cidades de Suzano e Salesópolis. Destes, dois registraram queda em sua capacidade durante o último ano. O Reservatório Paraitinga constava com 39,76% da capacidade em janeiro de 2021 (14,67 hm³), e registrava ontem 32,84% (12,11 hm³).

A represa Ponte Nova, situada em Salesópolis, apresentava 253,16 hm³ em janeiro do ano passado, o equivalente a 76,86% de sua capacidade, mas perdeu quase a metade do volume em um ano, chegando ontem a 137,56 hm³ - uma queda de 45,67% no volume.

No entanto, outros três reservatórios na região tiveram aumento em seu volume ao longo do último ano: o reservatório Biritiba subiu de 5,78 hm³ para 14,13hm³; o reservatório Jundiaí, instalado em Mogi das Cruzes, passou de 12,96 hm³ no ano passado para 26,40 hm³; e o Taiaçupeba, também instalado em Mogi subiu de 19,95 hm³ para 44,15 hm³ em doze meses.

Monitoramento

A Câmara Técnica de Meio Ambiente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) informou, por meio de nota, que tem acompanhado a situação dos reservatórios e, por conta disso, as cidades integrantes vêm adotando medidas isoladas para a preservação dos recursos hídricos. "Entre eles estão o uso racional da água com equilíbrio e consciência, a compensação financeira aos municípios produtores, estudos sobre a demanda de águas subterrâneas, combate aos crimes ambientais e valorização da região do Alto Tietê, que é uma das principais produtoras de água do Estado", concluiu o consórcio.

Segundo a Assessoria de Imprensa da Sabesp, não há risco de desabastecimento neste momento n Grande São Paulo, mas reforça a necessidade de uso consciente d aágua. "As projeções são de aumento no nível dos reservatórios em janeiro e fevereiro, meses com maiores médias históricas de chuvas. Os investimentos da SAbesp tornaram mais flexível o sistema integrado da Região Metropolitana, composto por sete mananciais, sendo possível abastecer áreas diferentes de um sistema produtor conforme a necessidade", informou por meio de nota.