As "Políticas Públicas Educacionais e os Direitos da Infância" pautaram o debate com professores da rede municipal da região no segundo encontro virtual do 1º Fórum Internacional de Educação dos Municípios do Alto Tietê, realizado anteontem à noite. Organizado como espaço de formação, troca de experiências e fortalecimento do trabalho educacional, o evento terá mais três videoconferências com a temática "Educação Infantil: Desafios e perspectivas em tempos de pandemia", programadas para os dias 16, 23 e 30, numa promoção do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat).
O debate partiu das contribuições apresentadas pelos educadores Alexsandro Santos, diretor-presidente da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, e Marcela Pardo, antropóloga e coordenadora da área de Educação Inicial do Centro de Pesquisa Avançada em Educação da Universidade do Chile. "Há 30 anos tivemos um grande avanço com o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas ainda hoje o Brasil não conseguiu que ele seja vivenciado plenamente. A classe, a cor de pele e a localidade ainda limitam o acesso de todos aos direitos da infância", ressaltou Santos.
A convidada internacional, a educadora Marcela Pardo apresentou um balanço dos impactos da pandemia no Chile, que é o sétimo país com mais mortos por coronavírus (Covid-19) e onde as aulas presenciais nas escolas foram suspensas dez dias após o início do ano letivo. "Diversas iniciativas foram desenvolvidas para a realização de atividades educacionais de forma remota, principalmente para sustentar a educação de crianças de zero a cinco anos. Mas uma das reflexões já possíveis é que a educação remota não é suficiente porque crianças pequenas aprendem mediante a experiência direta com o entorno", concluiu.
Na próxima quarta-feira, a terceira sessão do fórum vai abordar o tema "Como a pandemia tem afetado as crianças e como os educadores devem se preparar", com a participação dos educadores Fernando Mazzilli Louzada e Márcia Gil.
A iniciativa reúne mais de seis mil professores das secretarias de Educação de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano, com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo (Undime-SP), Itaú Social, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Lemann, Fundação Santillana, Fundação Vanzolini, Fundação SM, Movimento pela Base Nacional Comum Curricular e Universidade Nove de Julho (Uninove).