As investigações do Ministério Público (MP) que apontam corrupção por parte de seis vereadores de Mogi respingaram na Secretaria Municipal de Saúde e no Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae). Segundo o MP, Pablo Bezerra, filho do vereador, preso, Francisco Moacir Bezerra (PSB), tem uma organização social. O MP detalhou que o vereador Francisco Bezerra, quando era secretário municipal de Saúde, contratou a empresa Fundação ABC para gerir o Hospital Municipal de Brás Cubas e a Fundação ABC contratou a empresa do filho de Bezerra para gerir um equipamento de saúde em Santos. A Fundação do ABC é responsável pela gestão da UPA Central de Santos - unidade que deu início a contrato com a empresa São Francisco Gestão e Terceirização de Serviços em Saúde em junho de 2018 - também gere o Hospital Municipal de Braz Cubas. De acordo com a promotoria, a investigação também aponta corrupção na Câmara em contratos com o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae).
A Prefeitura de Mogi se posicionou em relação ao Semae e Hospital Municipal e afirmou que pretende colaborar com as investigações do MP. "A administração municipal respeita o trabalho do Ministério Público e está à disposição para ajudar no trabalho de investigação. Ontem, a procuradora-geral do município, Dalciani Felizardo, entrou em contato com o promotor responsável pelo caso e reforçou que a Prefeitura está à disposição do MP para auxiliar no trabalho de investigação", disse a Prefeitura, no trecho inicial da nota enviada ao Mogi News.
Sobre o contrato nº 34/2017, que trata da contratação de empresa especializada na prestação de serviços de controle, operação e fiscalização de portarias e edifícios do Semae, a Secretaria Municipal de Gestão informa que a licitação pública ocorreu por meio de pregão presencial. "Um total de 15 empresas compareceram ao pregão e 4 foram inabilitadas devido a problemas na documentação. Das 11 empresas restantes, a vencedora foi a que apresentou o menor preço. O contrato foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado", informou a Prefeitura de Mogi.
Em relação ao Hospital Municipal, a Fundação ABC venceu a concorrência pública aberta pelo município, apresentando o menor preço. "A proposta apresentada pela Fundação ABC foi de R$ 125.190.588,35 por um período de 36 meses, enquanto a segunda colocada (Organização Social Pró-Saúde) ofereceu o valor de R$ 148.354.980,92", finalizou a nota da administração municipal de Mogi.