Às vésperas das convenções partidárias, a maioria dos partidos que teve parlamentares presos na última sexta-feira, durante a operação Legis Easy, ainda não se manifestou sobre a permanência dos investigados na disputa das próximas eleições.
O MDB, dos vereadores investigados Mauro Araújo e Diego de Amorim Martins, realiza hoje a formalização dos nomes dos candidatos que concorrerão ao pleito, sem a presença dos parlamentares, presos desde anteontem na Penitenciária II, em Tremembé. O encontro oficial da sigla está marcado para ocorrer na Câmara Municipal, a partir das 18 horas.
Mesma situação do PSD, do vereador foragido Antonio Lino. A sigla informou à reportagem na última quarta-feira que os candidatos às eleições municipais serão homologados na convenção a ser realizada amanhã, na Câmara Municipal, não explicando a situação do parlamentar investigado por suspeita de corrupção.
O cenário se repete no PSB, dos vereadores investigados Carlos Evaristo da Silva e Francisco Moacir Bezerra - este último, presidente do partido em Mogi. Ainda não há a certeza se os parlamentares não terão o nome colocados à disposição para concorrer ao pleito. As convenções do partido também ocorrem amanhã, na Câmara.
A situação mais clara até o momento é do PL, do parlamentar suspeito Jean Lopes, que foi mantido no pleito. "Cada vereador tem a sua história e os eleitores sabem diferenciar as coisas", disse a legenda, em nota. Ainda de acordo com a sigla, não se pode condenar uma pessoa antes dela se defender ou ser, de fato, condenada pela Justiça, baseada em provas. "Ele (vereador Lopes) continua no pleito, pois não foi cassado e nem apresentou sua desistência", concluiu a nota do PL.
Desde a deflagração da operação que prendeu os parlamentares, a reportagem do Mogi News tenta contato com representantes do MDB e PSB para que seja explicada a situação dos parlamentares presos na disputa eleitoral. Até o fechamento desta reportagem, as legendas não haviam se manifestado. (F.A.)