O Ministério Público (MP) esteve em novembro do ano passado no gabinete número 10 da Câmara Municipal, de responsabilidade do vereador Mauro Araújo (MDB), em cumprimento da ordem judicial de busca e apreensão dos objetos que pudessem servir como prova dos possíveis atos ilícitos cometidos pelo parlamentar. Ao todo, foram coletados dois computadores e alguns documentos.
Na oportunidade, o vereador demonstrou surpresa sobre o caso, no qual, segundo ele, "de vítima foi transformado em autor". "Estou certo de que com tudo apurado e constatada a retidão do negócio que, aliás, sempre tem sido o norte da minha vida, tanto pública como privada, será a investigação levada a arquivo", disse, por nota, o vereador, no ano passado.
Também alvo de investigações naquela oportunidade, o empresário Joel Leonel Zeferino também denominou aquela ação do MP - que viria a ter resultados ontem - como "pirotecnia". "A exemplo de qualquer pessoa de boa fé, para tentar reparar os prejuízos e punir os culpados, levamos o caso à polícia e pedimos que fosse esta ocorrência investigada, visando a punição dos estelionatários", justificou Zeferino, na oportunidade. "É triste sinalizar que, pelo visto, a Justiça confunde com facilidade vítima com ladrão", disse o empresário. (F.A.)