No mesmo sentido do resultado da pesquisa realizada no município recentemente, a Câmara Municipal aprovou um documento que apela ao prefeito Marcus Melo (PSDB) para que as aulas municipais presenciais não sejam retomadas neste ano.
No documento apresentado e aprovado pelo plenário, o vereador autor do pedido, Iduigues Ferreira Martins (PT), solicitou que a Secretaria Municipal de Educação intensifique a disponibilização de meios tecnológicos para que as aulas possam ser feitas de forma remota para os alunos.
O parlamentar ainda citou a consulta pública, realizada pela Prefeitura, que colheu a opinião de mogianos sobre a volta às aulas neste segundo semestre. "A sociedade está se manifestando contra o retorno das aulas nesse ano e este vereador é contra também", ressaltou o parlamentar.
Na pesquisa realizada pela Prefeitura, encerrada na última segunda-feira, foram computados 27.044 votos, sendo que, do total, 24.131 apontaram ser contra o retorno das aulas neste ano (89%), enquanto apenas 2.913 (11%) se mostraram favoráveis.
O vereador Mauro Araújo (MDB) votou favorável à moção de Iduigues, mas pontuou que é necessário debater mais sobre o assunto, tanto que a secretária municipal de Educação, Juliana Guedes, será convidada a estar no plenário para conversar com os parlamentares. "Uma discussão simplista sobre o tema é muito ruim porque não demonstra a realidade da sociedade hoje", completou Araújo.
Após a formalização do convite à secretária municipal realizado por Araújo, o vereador Protássio Nogueira (PSDB) também fez um requerimento pedindo que o convite seja estendido à dirigente regional de Ensino, representando o Estado de São Paulo. Ambos os pedidos foram aprovados pelos vereadores.
Defesa da mulher
Na mesma sessão de ontem, o Legislativo aprovou o projeto que institui a Semana Municipal de Combate à Violência Contra a Mulher.
De acordo com o Projeto de Lei de autoria do vereador Diego de Amorim Martins (MDB), a Semana de Combate à Violência contra a Mulher ocorrerá no mês de março e contará com ações que visarão divulgar a Lei Maria da Penha e apoiar práticas que se proponham a garantir o direito das mulheres em todos os aspectos.
Além disso, o projeto prevê estimular o combate à discriminação e todas as formas de violências física ou verbal, bem como o assédio moral e sexual contra a mulher, entre outras medidas. As ações serão realizadas em escolas, empresas e instituições que queiram receber palestra sobre a temática.
"É um projeto que nem eu nem ninguém gostaria de estar apresentando pois é uma triste realidade", ressaltou Diegão.