Ainda em análise pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a instalação de uma praça de pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88), no trecho de Mogi das Cruzes, foi totalmente descartada pelo prefeito Marcus Melo (PSDB). O chefe do Executivo municipal foi enfático ao cravar que o município não receberá o posto de cobrança pretendido pelo departamento estadual, por meio da concessão de rodovias.
"Pedágio em Mogi passa longe. Não teremos, não vou deixar instalar um pedágio aqui", disse o prefeito Melo ao Grupo Mogi News.
Antes do tema esfriar, devido à pandemia da Covid-19, a Artesp já havia anunciado oficialmente,conforme divulgado pelo Mogi News, que a instalação do pedágio, que faz parte do projeto de concessão das vias mogianas, havia sido descartada no km 45, como previsto originalmente pelo órgão estadual. O departamento também já havia informado que estudos estavam sendo realizados para propor uma nova localidade para o posto de cobrança, "ciente das demandas e preocupações da região de Mogi". Portanto, ainda há, segundo os últimos posicionamentos da agência, a possibilidade de instalação do posto de cobrança em outro local da Mogi-Dutra, no perímetro que pertence a Mogi.
Entretanto, com o recente posicionamento categórico do prefeito Marcus Melo, tal possibilidade se afasta, podendo o posto de cobrança ser instalado em outro ponto da rodovia, talvez no trecho de Arujá.
A possibilidade que era ventilada logo após a oficialização do cancelamento do posto de cobrança no km 45 da Mogi-Dutra foi a alteração do projeto que resultaria na construção do posto de cobranças de veículos nos limites de Arujá. Tal alternativa, porém, ainda não foi confirmada em momento algum pelo departamento estatal.
Em consulta recente, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) garantiu que no presente momento não há estudos em andamento para a concessão da rodovia Mogi-Dutra (SP-88). No momento, o departamento estadual está focado na obra de duplicação da rodovia Mogi-Dutra SP-88, no trecho de Arujá.
Concessão
Em outubro passado, técnicos da Artesp estiveram em Mogi das Cruzes e revelaram a intenção de criar um corredor viário desde a saída da capital até o litoral paulista. Para tal, o Estado possuía planos concretos: duplicação da estrada do Pavan, fortalecimento da Rota do Sol, com a eliminação de semáforos; implantação de oito novos viadutos; construção de cinco acessos e retornos e a instalação de dez novas passarelas. A proposta também incluía a instalação de um pedágio no km 45 da Mogi-Dutra, possibilidade que desagradou totalmente a classe política e a sociedade civil.
Por meio do movimento Pedágio Não, encabeçado por moradores do condomínio Aruã, a população já realizou diversas carreatas e abaixo-assinados contra a proposta.