A greve dos funcionários dos Correios continua em todo o país. Anteontem, um Dissídio Coletivo de Greve foi ajuizado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas nenhum acordo foi firmado. Hoje, os servidores devem promover uma carreata em Guarulhos, com concentração em frente ao Centro de Entregas de Encomendas dos Correios.
Nessa manifestação, vão participar também os funcionários que trabalham no Alto Tietê. Ao todo são 600 servidores na região, e, deste total, pelo menos 420, ou seja, 70%, aderiram ao movimento, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios de São Paulo (Sintect-SP).
A greve nacional começou na segunda-feira da semana passada, reivindicando o cumprimento de um Acordo Coletivo firmado em 2019, por meio de arbítrio do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo o sindicato, a direção dos Correios retirou 70 das 79 cláusulas firmadas e cancelou o reajuste salarial.
O acordo trata de uma série de reivindicações negociadas ao longo de décadas pela categoria. A maioria delas é em relação a compensações de salários e outros direitos trabalhistas. Atualmente, a média salarial de um funcionário dos correios é de R$ 1,7 mil. "Não estamos fazendo greve para exigir nenhum aumento salarial ou novo benefício. Queremos apenas a manutenção do Acordo Coletivo que foi julgado pelo TST", declarou Douglas Melo, diretor de comunicação do Sintect-SP.
Em nota, os Correios informaram que tentaram negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do Acordo Coletivo. Dando continuidade às ações de fortalecimento de suas finanças e consequente preservação de sua sustentabilidade, a empresa apresentou uma proposta que visa a adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal.
*Texto supervisionado pelo editor.