Os estabelecimentos comerciais do Alto Tietê estão permitidos funcionar por até oito horas diárias. Em Mogi das Cruzes, segundo Comitê Gestor de Retomada Gradativa de Atividades Econômicas do município, 201 comércios já estão funcionando com o horário ampliado. A flexibilização passou a valer na sexta-feira passada por meio de um decreto do governo do Estado. Os lojistas entrevistados pelo Mogi News comemoraram a medida. O comerciante que deseja ampliar o horário de atendimento por até oito horas, precisa informar com antecedência a Prefeitura por meio de cadastro no site da administração municipal.
A expectativa dos comerciantes mogianos era de que o Alto Tietê avançasse para a fase verde do Plano São Paulo de Retomada Econômica, a mudança expandiria o limite de ocupação dos estabelecimentos de 40% para 60% e terminaria com as restrições de horário. A mudança não ocorreu e a região deverá continuar na fase atual, a amarela, por mais algumas semanas.
Apesar da permanência na mesma fase, os comerciantes entrevistados se mostraram satisfeitos com a alteração. Para os lojistas da região central de Mogi, o acréscimo de duas horas no horário de atendimento da loja impacta diretamente nas vendas, e isso é muito bem-vindo nesse período de recuperação, depois de meses de restrições mais severas em combate ao coronavírus (Covid-19).
A Associação comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) aposta nesta ampliação para o maior movimento de consumidores nas lojas e, consequentemente, o aumento nas vendas. Segundo o presidente da entidade, Marco Zatsuga, as perdas para o setor foram grandes e será necessário tempo para recuperar o volume de vendas, mas as lojas abertas estimulam as compras pelos consumidores. "Essa ampliação de horário ajuda principalmente pelo fato da capacidade de pessoas dentro dos estabelecimentos estar limitada a 40%. Com duas horas adicionais, mais clientes terão a oportunidade de entrar nas lojas e, com isso, a oportunidade de fechar negócios é maior" disse.
A expectativa de aumento nas vendas da ACMC foi confirmada pela fala dos lojistas. A subgerente de uma loja de bolsas e malas, Aline Maciel de Siqueira, informou à reportagem que a ampliação no horário de funcionamento expande gradativamente a possibilidade de vendas. "Conforme os clientes tomam conhecimento de que a loja está funcionando até mais tarde, eles começam a passar no estabelecimento depois de sair do trabalho. E esse comportamento é muito benéfico para o comércio", detalhou.
Para a Renata Branco Bastos, vendedora de uma loja de roupas femininas, a ampliação também significa mais opções para os clientes. "Esse acréscimo no tempo de funcionamento da loja é muito significativo, com essa ampliação até mesmo os lojistas de outros estabelecimentos vizinhos conseguirão fazer suas compras no horário de almoço, que também estava reduzido", revelou.
Na loja de roupas para bebês, a gerente Francine Tomita concorda que a nova flexibilização é positiva, além de abarcar melhor o público evita a aglomeração de clientes, mas o nível de vendas também depende de outros fatores, como os relacionados a economia. "O medo da situação econômica do país ainda é um fator determinante nas vendas, os clientes ainda estão receosos", ponderou.
*Texto supervisionado pelo editor.