Durante o período da pandemia de coronavírus (Covid-19), o G5 do Alto Tietê, grupo das cinco cidades mais populosas da região, viu a quantidade de mortes no trânsito aumentar nas vias municipais e rodovias que cortam a região, na comparação com o ano passado.
De abril a junho, os três meses diretamente impactados pela pandemia com o fechamento de comércios e a paralisação quase que total da economia, 35 óbitos foram registrados, sete a mais que o mesmo período do ano passado, quando 28 pessoas perderam a vida após acidentes nas vias dentro dos limites de Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos e Poá. Os dados são do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes (Infosiga) do governo paulista.
Na comparação com os últimos quatro anos, os dados não estão muito distantes, visto que em 2018 ocorreram 42 mortes e em 2017, 31, ou seja, nos últimos quatro anos, este é o segundo pior índice de mortes no trânsito.
Em Mogi, por exemplo,foi registrado o dobro de óbitos em decorrência de acidentes, com 22 falecimentos nos últimos três meses. Na comparação com os últimos quatro anos, os dados mostram que esse foi o pior desempenho, visto que em 2018 ocorreram 18 e em 2017, 12 mortes.
Em Suzano, o aumento foi um pouco menos sensível, mas também ocorreu. De abril a junho deste ano, sete pessoas morreram nas vias suzanenses, uma a mais do que no ano passado.
O fenômeno de aumento de mortes durante o período da pandemia não foi registrado em Itaquaquecetuba, que sofreu redução. Foram quatro mortes no trimestre, número inferior às dez ocorrências de mortes em 2019 e às oito de 2018. Poá e Ferraz não registram óbitos no trânsito no período em 2020.
Estado
Assim como Itaquá, o Estado de São Paulo não apresentou aumento nos óbitos no trânsito durante o período de pandemia. Segundo os dados do Infosiga, 1.076 pessoas morreram no trânsito entre abril e junho, número 22,5% menor que no ano passado, quando 1.390 pessoas perderam a vida em decorrência de acidentes.