A polícia britânica disse nesta quinta-feira (2) que quatro pessoas ficaram feridas após relatos de esfaqueamentos e de um carro sendo dirigido contra pedestres perto de uma sinagoga em Manchester, no Noroeste da Inglaterra. Os policiais atiraram no suspeito do crime. A Polícia da Grande Manchester (GMP, da sigla em inglês) disse que os policiais foram chamados para a Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, no distrito de Crumpsall, no norte de Manchester, depois que uma testemunha disse ter visto um carro sendo dirigido contra o público e que um homem havia sido esfaqueado. Policiais armados responderam ao chamado e um homem, que se acredita ser o agressor, foi baleado, informou a GMP. Um vídeo compartilhado nas mídias sociais e verificado pela Reuters mostrou a polícia atirando em um homem dentro do perímetro da sinagoga, enquanto outro homem estava deitado no chão em uma poça de sangue, parecendo usar uma cobertura tradicional judaica na cabeça. "Estou chocado com o ataque a uma sinagoga em Crumpsall", disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, no X, ao sair mais cedo de uma reunião em Copenhague. "O fato de isso ter ocorrido no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, torna tudo ainda mais horrível", disse Starmer. Um fotógrafo da Reuters relatou uma forte presença policial na área. Equipes de ambulância foram vistas com coletes à prova de balas e capacetes, e pelo menos uma pessoa foi vista sendo levada para uma ambulância. A polícia disse que havia outros relatos de que um guarda havia sido atacado a faca. "Os paramédicos chegaram ao local e estão cuidando do público. No momento, há quatro pessoas com ferimentos causados tanto pelo veículo quanto por facadas", disse a GMP em um comunicado no X. O Yom Kippur é o dia mais sagrado do calendário judaico, quando até mesmo muitos frequentadores não regulares de sinagogas reservam um tempo para rezar. Em Israel, todo o tráfego rodoviário é interrompido. O prefeito de Manchester, Andy Burnham, afirmou que o incidente foi grave, mas disse à rádio BBC que "o perigo imediato parece ter acabado". *Reportagem adicional de Catarina Demony, Muvija M e Andrew MacAskill