A Justiça da Argentina deferiu nesta terça-feira (17) pedido da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, recentemente condenada por corrupção, para cumprir a sentença em prisão domiciliar. O benefício foi concedido porque ela tem mais de 70 anos de idade. A decisão judicial ocorreu em meio ao apoio generalizado de seus partidários à líder peronista de centro-esquerda, que tem repetido que o julgamento contra ela foi injusto e politicamente destinado a impedi-la de disputar as próximas eleições legislativas. Na semana passada, a Suprema Corte da Argentina manteve a sentença que condenou a ex-presidente a seis anos de prisão por fraude. A decisão proíbe que ela ocupe cargos públicos de forma vitalícia. A Corte rejeitou um recurso apresentado pela líder peronista de oposição. Ao rejeitar a apelação apresentada por Kirchner, os juízes da Suprema Corte mantiveram a condenação de um tribunal inferior de 2022 e confirmaram a pena de Kirchner pela Câmara Federal de Cassação Penal, que havia mantido o veredicto de culpada. Cristina Kirchner, de 72 anos, cumpriu dois mandatos como presidente de 2007 a 2015 e foi vice-presidente de 2019 a 2023. Ela foi condenada em um caso conhecido como "Vialidad", no qual foi acusada de favorecer o empresário Lázaro Báez ao conceder-lhe projetos de obras públicas na Patagônia. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Suprema Corte da Argentina mantém prisão de Cristina Kirchner Justiça argentina confirma condenação de Cristina Kirchner