Uma gastronomia que transforma a vida das comunidades. Sabores que trazem memórias culturais e ainda promovem o não desperdício dos alimentos. Tudo isso aliado à remuneração justa e capacitação dos trabalhadores. Essa é a proposta do movimento da gastronomia social que o Caminhos da Reportagem vai apresentar neste domingo (27) às 20h, na TV Brasil.
Nossa equipe foi até a comunidade quilombola Cafundá Astrogilda, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, para conhecer o restaurante que funciona lá, aberto ao público, sob o comando de duas mulheres quilombolas. Certificada em 2014 pela Fundação Cultural Palmares, a comunidade, localizada no Parque Estadual da Pedra Branca, é composta por descendentes da matriarca Astrogilda, que dá nome ao local.
Na comunidade quilombola, moradores lutam para manter as tradições, incluindo a culinária, e buscam a segurança alimentar por meio da utilização das chamadas “plantas alimentícias não convencionais”, como a ora-pro-nóbis e a taioba, que crescem naturalmente no local.
“A nossa culinária, desde criança, era uma culinária em que a gente consumia, praticamente, o que colhia da natureza”, disse a quilombola Maria Lúcia Mesquita. Além do trabalho no restaurante, junto com a filha Gizele, ela ainda coordena as aulas de cozinha solidária para a comunidade quilombola.