A saga de um quase-palhaço, apelidado de Benjamin, que se principia a buscar um balão, uma pipa, um pássaro, um avião, símbolos que se sustentam ao alto, que não se pode ter em mãos, "somente" na imaginação? São sutilezas, regalos de erros e poesia aos pequenos? Descubra o que acontece com o personagem no teatro para bebês "Nuviô ou Quero Cê Balão", que a Clara Trupi de Ovos y Assovios estreia, hoje, no Galpão Arthur Netto, em Mogi, como parte do projeto Galpãozinho da Clara - Artes para Infância. O centro cultural fica na avenida Fausta Duarte de Araújo, 23, Jardim Santista, Mogi. Os ingressos custam R$ 5 por cada espectador. Mais informações com a Clara Trupi pelo telefone 97513-7215 ou pelo e-mail [email protected], ou ainda no Galpão pelo telefone 3433-9841 ou [email protected].
A programação começará às 15 horas com a instalação interativa de arte para a infância "Tocar Descaminho do Farol", da artista plástica Thalita Benigno Franco. Esta atividade será gratuita. Antes de entrarem no espaço cênico do espetáculo, o público poderá conferir a arte propositiva, que tem como objetivo estimular uma perspectiva sensorial-estética aos pequenos, recriando leituras artísticas desta provocação lírica que estará adiante de suas ferramentas: olhos, mãos, alma, narizes, coração, bocas, mente, dedos e imaginação.
O "Nuviô ou Quero Cê Balão", voltado para crianças de quatro meses a 6 anos, terá duas sessões, às 17 e às 20 horas. A encenação, cenografia, atuação e concepção musical é de Rodrigo Romão Batista. Thalita responde pela provocação cênica e a produção executiva. A prepação de canto foi feita pela cantora Aline Chiaradia, e a concepção de artes e dramaturgia são do grupo.
O diálogo para a primeira infância, segundo a trupe, começou de forma casual, com apresentações realizadas para esta faixa etária com o segundo espetáculo infantil da Trupi, "Coisas de Menino-Boneco". Embora não tenha sido elaborado especificamente para bebês, no decorrer de sua caminhada, foi percebido sua comunicação e diálogo com as crianças.
Vertentes 
As linguagens escolhidas decorrem de um árduo treinamento diário, desenvolvido pelo grupo, com influências de diversos gêneros, pesquisas e vertentes estéticas como teatro de objetos, teatro físico, teatro documental, clown, bufão, teatro narrativo, mímica corporal, teatro de bonecos, dança-teatro, dentre outros. De acordo com o grupo, esses "saberes-corporais" se reverberam pelo repertório. O personagem do espetáculo que estreia hoje busca contentamento, em sua essência do não saber, evidenciando suas questões, reflexões e singularidades de palhaço, ou quase-palhaço.