Os expedicionários Miled Cury Andere e Paulo Pereira de Carvalhos, acompanhados pelo prefeito de Mogi, Marco Bertaiolli, foram os primeiros a entrarem no Centro de Cultura e Memória "Expedicionários Mogianos", na noite de ontem, durante a entrega da reforma do museu, que passou por obras de adequação e modernização. O evento também marcou a inauguração do Estúdio Municipal de Áudio e Música (Emam), que passa a funcionar no primeiro andar do mesmo prédio, localizado na rua Coronel Souza Franco, 735, no Centro Histórico da cidade.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Mateus Sartori, a reforma foi solicitada pelos expedicionários durante o Fórum de Patrimônio Histórico, realizado no ano passado, e, em contrapartida, doariam mais itens. "Mudamos a reserva técnica, melhoramos a circulação e instalamos a sala de audiovisual que exibirá filmes sobre a Segunda Guerra e depoimentos de pracinhas que já faleceram. O painel que antes citava apenas os já falecidos, agora, traz o nome de todos que representaram o Brasil, homenageando a todos os expedicionários", contou. Entre os planos, está a criação de uma sala que simule o ambiente de guerra.
No evento também estiveram presentes os vereadores Caio Cunha e Juliano Abe, que destinaram emendas parlamentares para as obras. O total gasto foi R$ 150 mil, incluindo recursos do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural e do Fundo Municipal de Cultura. Para a acessibilidade do prédio, está em processo de aquisição uma cadeira elevatória, que será instalada na escada.  
Para Bertaiolli, a revitalização é fundamental para a preservação da história da cidade, contando a grande contribuição na luta pela democracia com envio de cerca de 400 pracinhas para o front italiano. "A Associação dos Expedicionários doou para a Prefeitura a área do museu com o encargo que ele fosse renovado. É mais um monumento à cultura mogiana, mais uma sala de aula pública do nosso município", avaliou o prefeito.
Aberto à população, o museu também receberá alunos da rede municipal. O funcionamento será de terça a sexta-feira. "É uma forma de preservar a memória de Mogi. Vamos esperar que isso seja mais usado pela população, principalmente pela juventude", destacou Cury.