Dirceu Pinto e Maciel Santos, dois dos nomes mais vencedores da bocha adaptada do Brasil, ainda comemoram o inédito título dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, conquistado no início do mês.
Para o bicampeão paralímpico Dirceu, a competição no Canadá significou um recomeço. "Foi uma medalha muito difícil de ser conquistada, mais difícil que os dois ouros em Paralimpíadas (Pequim 2008 e Londres 2012). Vinha de dois anos ruins e agora posso dizer que estou de volta", comemorou Dirceu, campeão Parapan-Americano em duplas na classe BC4 ao lado de Elizeu dos Santos. "O Elizeu também estava precisando retomar os bons resultados. Fomos crescendo e evoluindo durante a competição e, no final, estávamos tão determinados que já tínhamos a certeza que iríamos vencer", relembrou.
Em parapan-americanos, Dirceu, representante da equipe Tradef, já havia conquistado uma medalha de prata, em 2003, durante a edição de Mar Del Plata, na Argentina.
Já para Santos, paratleta que fez sua estreia em Parapan, os jogos de Toronto significaram a sua consolidação como um dos principais nomes da atualidade na bocha adaptada no mundo. O mogiano conquistou, nada mais, nada menos, do que duas medalhas de ouro - uma por equipes na classe BC1 e outra no individual na classe BC2. "Foram conquistas muito especiais. Tive a mesma sensação de quando venci as Paraolimpíadas. Agora já estou me preparando para chegar bem nas Paralimpíadas do Rio 2016", contou Santos, integrante do time Smel/Mogi, atual número 1 do ranking mundial na classe BC2. Desde as Paraolimpíadas de Londres, Santos conquistou os principais títulos que disputou, como a Copa América, o Open Mundial e o Open da Polônia.