O Dia do Delegado de Polícia, celebrado nesta quarta-feira (3), valoriza os profissional que tem como função investigar, coordenar equipes, tomar decisões rápidas e técnicas e garantir o cumprimento de direitos, pontua Margarete Barreto, titular da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. A região comandada pela delegacia tem 31 unidades policiais em oito cidades do Alto Tietê e efetivo de 539 policiais civis e 55 delegados. O perfil variado de cada município é um dos desafios apontados pela delegada. 

Para Margarete, que assumiu a Seccional em fevereiro deste ano, o Dia do Delegado reforça um trabalho técnico e silencioso. “Para nós, delegados, é um momento de reconhecimento, de olhar para a nossa trajetória e para o compromisso que assumimos ao representar o Estado. Exige dedicação constante, muitas vezes sacrificando momentos pessoais para servir à população", destacou. A delegada afirma ainda que a data é um reconhecimento que motiva e resgata os motivos para a escolher a profissão. 

A dirigente explica que o trabalho do delegado vai além das investigações: “Somos gestores, responsáveis pelo funcionamento da delegacia, pela organização das investigações e pela orientação das equipes. É uma função que exige sensibilidade para lidar com pessoas e firmeza para conduzir casos graves”. 

Perfil regional

A Seccional de Mogi, segundo Margarete, reúne 31 unidades e conta com mais de 500 policiais civis. Os delegados estão distribuídos em Mogi, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis — além das unidades especializadas, como as Delegacias de Defesa da Mulher (DDM), Setor de Investigações Gerais (SIG) e Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE).   

A titular afirma que cada cidade da região possui demandas específicas, o que exige organização e capacidade de integrar informações e equipes. "Cada delegacia tem sua realidade, suas demandas e suas urgências. A Seccional precisa integrar tudo isso, distribuir recursos, priorizar investigações e garantir que todas as unidades funcionem de forma eficiente", conta. Ela destaca ainda que os responsáveis das unidades enfrentam sobrecarga natural do trabalho policial, o que exige atenção constante. "E, claro, há o desafio de dar respostas rápidas para a população, que espera resultados e segurança", acrescenta. 

O volume de ocorrências na região também é amplo, segundo a delegada: "Lidamos com furtos, roubos, violência doméstica, tráfico de drogas, crimes sexuais e, infelizmente, homicídios e feminicídios". Ela ressalta que quando há aumento de crimes, as equipes intensificam investigações e ampliam o uso de inteligência policial. A estratégia envolve integração entre delegacias, foco em áreas sensíveis e agilidade na elucidação. “A rápida resolução é uma das principais armas para prevenir novos crimes”, pontua.

Carreira

Para desenvolver as estratégias necessárias no combate do crime, Margarete conta que passou por diversas unidade de segurança antes de assumir o comando na região. Ela recorda passagens pelo interior, por plantões na capital, pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e por unidades de inteligência. “Cada fase me preparou de uma forma diferente — técnica, emocional e humana”, destacou. 

Entre as vivências que mais marcaram sua trajetória, a delegada cita o período no DHPP, o que, segundo ela, especialmente em casos que envolvem crianças e adolescentes, exige força emocional e muito rigor técnico. Ela lembra ainda da passagem pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPOL): "Tive contato com a inteligência policial, que me ensinou a olhar os casos de forma estratégica e integrada. E minha passagem por delegacias do interior me deu sensibilidade para entender de perto a realidade da população. Cada experiência moldou a profissional que eu sou hoje e influencia diretamente meu trabalho na Seccional", finaliza.