A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu, na última segunda-feira (6), o deputado estadual Marcos Damasio (PL) para uma reunião sobre a implantação do pedágio na rodovia SP-88 (Mogi-Dutra). O objetivo do encontro foi reforçar a preocupação dos parlamentares com os impactos que a medida pode trazer à população e buscar caminhos de diálogo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Durante a reunião, os parlamentares destacaram a necessidade de que a decisão sobre o pedágio seja reavaliada, diante dos possíveis prejuízos econômicos e sociais para os moradores e trabalhadores da região. Muitos vereadores manifestaram ceticismo quanto à possibilidade de cancelamento da cobrança, mas reforçaram o pedido para que, caso a medida seja mantida, os veículos com placas de Mogi das Cruzes sejam isentos do pagamento.
“A posição da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes sempre foi contrária ao pedágio na Mogi-Dutra. Essa Casa não concorda com isso e tem feito várias moções. Não é justa a instalação desse pedágio. É uma tremenda falta de respeito por parte do Governo do Estado, que em momento algum nos procurou para o diálogo”, pontuou o presidente da Câmara, vereador Francimário Vieira Farofa (PL).
O deputado Marcos Damasio afirmou que está trabalhando para convencer o governador, por meio do diálogo, de que o pedágio não é o melhor caminho para a região.
“Essa é uma briga que já vem se arrastando há mais de sete anos. Não é justo. A gente que conhece a história da rodovia sabe que esse pedágio não faz sentido algum. Eu falei para o governador que ele pode contar comigo para o que for preciso, menos para a instalação do pedágio”, ressaltou o deputado.
Os vereadores Inês Paz (PSOL) e Rodrigo Romão (PCdoB) criticaram a postura do governador, afirmando que ele não cumpriu o que havia prometido durante a campanha. “O governador mentiu. Fez campanha na cidade e disse que não iria instalar nenhum pedágio em Mogi das Cruzes, mas agora está colocando um na Mogi-Dutra, que não beneficia em nada o povo mogiano”, pontuou Romão.
Outros vereadores também se manifestaram, defendendo que, mesmo que o pedágio venha a ser implantado, os mogianos sejam isentos da cobrança. “A gente não pode aceitar que o mogiano pague mais uma taxa”, afirmou Marcos Furlan (Pode).
“Precisamos lutar para que o mogiano seja isento, considerando que temos uma carga tributária muito grande no país. O povo não aguenta mais”, disse Felipe Lintz (PL).
“Não há ninguém a favor do pedágio aqui. Sabemos o quanto isso será negativo para a cidade”, complementou Mauro de Assis Margarido (PRD).
“O governador tem a palavra final para isentar os mogianos desse pedágio”, observou o vereador Vitor Emori (PL).
“Vale a pena discutir com o governador que as melhorias que Mogi das Cruzes receberá por conta do pedágio são diferentes das que outras cidades terão”, pontuou Osvaldo Silva (PP).
A vereadora Priscila Yamagami Kähler (PP) também reforçou a importância do diálogo e da valorização da cidade. “Mogi das Cruzes é conhecida como cidade de passagem, mas essa não é a imagem que queremos passar. Temos muitas coisas boas aqui, e o pedágio pode afastar ainda mais as pessoas”, afirmou.
Ao final do encontro, os vereadores entregaram um documento da Câmara ao deputado e solicitaram que ele interceda junto ao governador, a fim de viabilizar uma nova rodada de conversas e apresentar os argumentos do município. A Câmara reafirmou seu compromisso em defender os interesses da população mogiana e em manter o diálogo aberto com o Estado para encontrar alternativas que não penalizem os usuários da rodovia.
Também participaram da reunião os vereadores Edson Santos (PSD), Tonhão de Jundiapeba (PL), Malu Fernandes (PL), Johnross (PRD) e Clodoaldo Moraes (PL).